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quinta-feira, maio 18, 2006

Dica da mana...

http://www.limitenarede.com.br/projeto.php?projeto=1

"Justiça - Um retrato da sociedade através de seu sistema penal brasileiro
JUSTIÇA agora em DVD! Além do filme, o DVD traz um segundo disco de extas com conteúdo fortemente educacional, que privilegia as principais questões levantadas nos debates sobre o filme, a sua repercussão na sociedade, nos meios acadêmico e jurídico, e as motivações que levaram a sua realização. Mais informações no site www.justicaofilme.com.

Um filme de Maria Augusta RamosJustiça, documentário de Maria Augusta Ramos, pousa a câmera onde muitos brasileiros jamais puseram os pés - um Tribunal de Justiça no Rio de Janeiro, acompanhando o cotidiano de alguns personagens. Há os que trabalham ali diariamente (defensores públicos, juízes, promotores) e os que estão de passagem (réus).

A câmera é utilizada como um instrumento que enxerga o teatro social, as estruturas de poder - ou seja, aquilo que, em geral, nos é invisível. O desenho da sala, os corredores do fórum, a disposição das pessoas, o discurso, os códigos, as posturas - todos os detalhes visuais e sonoros ganham relevância.O espaço, as pessoas e sua organização são registrados de maneira sóbria. A câmera está sempre posicionada em relação à cena mas não se move dramaticamente, não busca a falsa comoção. Sinal de respeito, de não-exploração.

No filme, não há entrevistas ou depoimentos, a câmera registra o que se passa diante dela.Maria Augusta Ramos observa um universo institucional extremamente fechado e que raras vezes é tratado pelo cinema ficcional brasileiro. Seu filme é tão mais importante em função de nossas limitações em termos de representação dos sistemas judiciais. Em geral, nosso olhar é formado pela visão do cinema americano, os “filmes de tribunal”.

Justiça, sob esse aspecto, é um choque de realidade.A cineasta vai acompanhar um pouco mais de perto uma defensora pública, um juiz/professor de direito e um réu. Primeiro, a câmera os flagra no “teatro” da justiça; depois, fora dele, na carceragem da Polinter e na intimidade de suas famílias.

Com suas opções claras, que não são escondidas por sua opção pela sobriedade e pela simplicidade, Maria Augusta Ramos deixa evidente que, como os documentários, a justiça está muito longe de ser isenta. Como e para quem a justiça funciona no Brasil é a questão que se apresenta em seu filme, sem respostas definitivas ou julgamentos preconcebidos. Pedro Butcher (Revista Cinemais)"

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