A história tem dessas coisas. Aquele que sofre tanto preconceito por não ter diploma (num país onde é tão fácil estudar como na França, vejam só!) é homenageado pelos chefes do planeta como estadista global.
A história nossa, tem outras coisas mais: esse mesmo ex-operário foi constrangido pelo dono de um jornal com a pergunta: "o que vem estudando nos últimos 20 anos?" Poderia ser apenas uma pergunta, o que se espera de alguém que comanda um jornal plural, crítico, etc...
Flashback:
"Tempos da campanha de 2002, a direção da Folha convida Lula para um almoço nas belas dependências da empresa. Anfitrião, Octavio Frias de Oliveira. O filho, Otavinho, diretor da redação, chega atrasado. E mal toma assento, pergunta ao hóspede algo em torno da sua falta de diploma. Cabe ser primeiro mandatário do Brasil a quem carece de estudo? Não será exagerada, descabida, ousada além da conta, a sua pretensão?
A implicância fermenta, o convidado ergue-se e se retira, com passadas de metalúrgico. Pai Octavio, que conhece as regras de cortesia, segue apressadamente, constrangido, tenta levar o candidato ofendido de volta à mesa. É tarde, Lula está no elevador, e se vai."
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=361ASP008
Diz o jornalista:
"- Até lembrei que o ex-presidente americano Abraham Lincoln também foi um autodidata e que isso funcionou com ele. Na primeira vez em que fiz a pergunta, Lula disse que não iria responder porque achava a pergunta preconceituosa. Achei estranho ele não responder, porque, afinal, eu queria saber como o candidato que pode vir a governar 170 milhões de brasileiros está se preparando, o que vem estudando nos últimos 20 anos."
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/asp310720021.htm
Interessante como diploma vale menos que ouvido...
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