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sexta-feira, fevereiro 19, 2010


Ok... Sir Eljohn exagerou dizendo que Jesus era um gay caridoso... (Sabemos tão pouco dele...)
Mas quem explica isso, de um porta-voz da Igreja Anglicana:


"As reflexões de Elton John, de que Jesus nos convoca a amar e perdoar, são compartilhadas por todos os cristãos. Mas as reflexões a respeito de aspectos de Jesus como personagem histórico talvez devam ficar restritas aos acadêmicos".

http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1497734-7084,00-JESUS+ERA+GAY+SUPERINTELIGENTE+DIZ+ELTON+JOHN+EM+ENTREVISTA.html

???

quarta-feira, fevereiro 17, 2010



McKing

Que trágico início de ano para a moda...
Um dos mais contextadores ícones (sim, com "x", no contexto) se foi...



Herói do cenário, gênio da referência (Plato´s Atlantis!) e libertador da forma de sua prisão de comércio...


Existiria Lady Gaga sem o ar London-crash criado por ele?
Não se trata apenas da inovação, mas de um olhar certeiro. Existe Prada e Armany, mas ninguém tem 40 anos e essa liberdade tão grande para ser punk.

(Galliano também inovou,


mas nem sempre achei que estava correto, nem sempre soube se era fausto necessário, close puro, arte surreal total sem compromisso... Não entrei no seu jogo sempre, que me parecia bizarro, bobo ou sem ca(b)imento.

Certamente há momentos de verdadeira feminilidade em JG, mas deve haver uma piada macabra em chamar "ready-to-wear" algo como uma Emília egípcia vestida para festa junina... Talvez seja mais arte daliniana -ele viveu na Espanha- que moda...)

Bocas gigantes, pulseras hard com laços de plástico preto, tranças Star-Wars, vestidos bordados tão vitorianos como um sonho, o sapato com duas solas (uma delas grossa criando uma plataforma-monstro), o sapato Badromance vindo direto do espaço...

O desfile cambaleante, meia-luz, de modelos zumbis e carregadas da P/V-2004 reflete um clima angustiado da "Guerra do Iraque" onde toda a razão parece duvidar-se (onde as armas? o motivo?).



Ou seja, sua vanguarda tinha conteúdo, pesquisa, recriação (nascido e criado em Savile Row; essa precisão que aparece em tudo, em respeitar o clássico, principalmente).
Assim como Oasis e (a eterna) Viviane Westwood, fica claro que os Brit estão na vanguarda nos anos 90/00 por saber olhar para o passado. Há algo de aristocrático da Velha Inglaterra no que ele faz. E é isso que estamos buscando: um pouco de externalidade da pasteurização universal.



É a arte quando alguém interpreta seu mundo: todas essas estampas de cobra levam-nos direto para a natureza (seus homens com cabeça de cobra são futuristas e uma espécie de homem-bicho, afinal).

[Encontro agora uma entrevista legal:

"Não há melhor designer no mundo do que (a natureza) - [ele diz, no Rio de Janeiro]. A natureza sempre me fascinou. Como hoje quando cheguei ao Rio e vi uma borboleta de asas transparentes como o vidro, nas quais as linhas pareciam ter sido pintadas. É por isso que viajo: para ver o novo".]

http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1486887-7084,00-EM+VISITA+AO+RIO+ALEXANDER+MCQUEEN+SO+QUERIA+SABER+DE+PENAS+E+DE+CAIR+NA+NO.html

Num mundo onde perdemos tanto o contato com nosso corpo a ponto de se ler que 64% dos britânicos adultos com filhos admitiram estar sempre "muito cansados" para brincar com as crianças e 52% não tem energia para levar o cachorro para passear.

Para
Sarah Dauncey, diretora da Nutfield Health:
"Comida pronta, controles remotos e até compras pela internet estão contribuindo para uma Grã-Bretanha preguiçosa e ociosa. A nação caiu em um ciclo vicioso de preguiça que precisamos interromper."
http://www.bbc.co.uk/portuguese/ciencia/2009/08/090810_lazyness_britain_mv.shtml


A cara feia na saída do enterro de sua descobridora Isabella Blow mostra mais raiva que tristeza, talvez seja apenas um gesto a mais de defesa-agressão contra a injusta -porque certa- perda de quem nos ama.
McQueen soube traçar o belo com um olhar dark. São poucos os criadores que sempre acertam.



Quando o passado e o futuro não dizem nada
Ainda há Alexander McQueen
Um pobre garoto, um menino violento
E nós o amamaos com todo o mal de nosso coração

Há algo de gótico no mundo
Há algo tech, escuro
Uma mulher nua, com penas, metalizada
Ainda há gente por ai

Há uma guerra no céu
Alexander vestirá Miguel.

PS: MJ

Não dá a impressão, no "We are the World" Again, que estava no ar reviver o mito e aproveitar o tsunami MJ? Tanta gente nova e boa para cantar que não ficou na história? Sei lá...