O Serra rindo pode ser uma capa histórica de "maquiagem". Alguma vez algo representou tão bem a "realidade paralela" da "opinião pública" privada?
Então...
Mais um amigo conta que foi "expulso" do metrô da Linha Vermelha pela quantidade de gente que entrou, fazendo-o sair pela outra porta. No Encontro dos Grupos de Teatro Latino-Americanos, no Centro Cultural São Paulo, os grupos falam do desmanche da lei de fomento (que patrocina 30 dos 400 grupos da cidade), assim como demais medidas repressoras contra professores, periferia, a própria polícia!
Como já foi dito:
"Acompanhamos com preocupação por causa da violência da polícia, é um desrespeito com as pessoas. A periferia de São Paulo hoje está sitiada, qualquer coisa é motivo para a polícia entrar e matar as pessoas"
(Antonio Maffezoli Leite- coordenador auxiliar do Núcleo Especial de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo)
Temos ainda a propaganda descarada da Globo na campanha do Serra-FHC-2, sua transformação em TV do Partido. Como comentou P.H.A.:
“Deve ser uma retribuição ao agasalhamento do terreno que a Globo invadiu por 11 anos e o Serra transformou numa escola técnica para formar profissionais para a Globo. Uma mão lava a outra. E cada vez 'mais !”.
Ou seja, repressão da comunicação, de um lado e repressão da população, de outro.
Dentro desse contexto proto-fascista, vemos a Veja anunciar-criar uma Era Pós-presidente-mais-influente-do-mundo-pela-Time. (Ou seja, nem os liberais mais originais se equivalem ao nosso P.I.G)
Seria mais realista falarmos de uma Era Pós-Veja, pelo menos isso já aconteceu.
Era uma vez a Veja como informação e jornalismo (sem falar na transformação em jornalismo do "não-veja" . E, precisamos ficar atentos para evitar que a visão seja perdida por completo, retornando ao fascismo: pós-veja, seria então o tempo sombrio do consenso!)
Como coloca Nassif (agora processado!):
"O maior fenômeno de anti-jornalismo dos últimos anos
foi o que ocorreu com a revista Veja.
Gradativamente,
o maior semanário brasileiro foi se transformando em
um pasquim sem compromisso com o jornalismo,
recorrendo a ataques desqualificadores
contra quem atravessasse seu caminho,
envolvendo-se em guerras comerciais
e aceitando que suas páginas e sites abrigassem
matérias e colunas do mais puro esgoto jornalístico".
foi o que ocorreu com a revista Veja.
Gradativamente,
o maior semanário brasileiro foi se transformando em
um pasquim sem compromisso com o jornalismo,
recorrendo a ataques desqualificadores
contra quem atravessasse seu caminho,
envolvendo-se em guerras comerciais
e aceitando que suas páginas e sites abrigassem
matérias e colunas do mais puro esgoto jornalístico".
Assim fica como clássico o testemunho de um filho admirando o pai indignado, que cancelou sua assinatura:
"Hoje, ele cancelou a renovação da Revista VEJA, aquilo que para ele já foi seu meio de conhecimento do mundo, depois de chamar de “idiota” a entrevista daquele herói das páginas amarelas (sobre a "inexistência de motivos para temores com o aquecimento global").
Antes, havia criticado fortemente um artigo de Reinaldo Azevedo publicado na Revista, em que Azevedo falava atrocidades sobre Paulo Freire: “meu filho, veja que besteira esse homem está dizendo sobre Paulo Freire”.
Hoje, ele operou uma mudança nesta realidade tão acostumada à perpetuação do estabelecido. Hoje, para o mundo, como em todos os dias da minha vida para mim, meu pai é um herói".
Antes, havia criticado fortemente um artigo de Reinaldo Azevedo publicado na Revista, em que Azevedo falava atrocidades sobre Paulo Freire: “meu filho, veja que besteira esse homem está dizendo sobre Paulo Freire”.
Hoje, ele operou uma mudança nesta realidade tão acostumada à perpetuação do estabelecido. Hoje, para o mundo, como em todos os dias da minha vida para mim, meu pai é um herói".