A preguiça me faz querer Yeats em pt.
Mas nada me irrita mais do que traduções empoladas, que falam mais e pior que o autor.
O pobre Whitman sofre com suas "Folhas pela refulgente Relva levadas" e a Ilíada (como já comentei) eu até transformei (bem ou mal) em teatro só pelo prazer de acabar com os "bronzelínios bronzes brilhando solincandecentes" ...
É a velha idéia de "Alta Cultura", tudo que é de fora e não pode ser apenas "bronze".
Então, aí vai, com dicionário e tudo...
THE LAKE ISLE OF INNISFREE (1892)
I will arise and go now, and go to Innisfree,
And a small cabin build there, of clay and wattles made;
Nine bean rows will I have there, a hive for the honeybee,
And live alone in the bee-loud glade.
And I shall have some peace there, for peace comes dropping slow,
Dropping from the veils of the morning to where the cricket sings;
There midnight's all a-glimmer, and noon a purple glow,
And evening full of the linnet's wings.
I will arise and go now, for always night and day
I hear the water lapping with low sounds by the shore;
While I stand on the roadway, or on the pavements gray,
I hear it in the deep heart's core.
Eu vou surgir e ir agora, e ir para LivreMundo
E uma cabana pequena lá fazer, feita de argila e vime
Nove fileiras de feijão lá terei, uma colméia de abelhas mel
E viver só na clareira som-de-abelha
Eu devo ter alguma paz lá, a paz vem em lentas gotas
Pingando dos véus da manhã para onde canta o grilo
Lá a meia-noite é toda trêmula, o meio-dia um brilho violeta
E a tarde cheia de asas de pardais.
Eu vou surgir e ir agora, para sempre noite e dia
Eu ouço a água murmurando graves sons pela margem
Enquanto eu continuo na estrada, ou nos caminhos cinza
Eu ouço no profundo fundo do coração.
Versão
Afonso Jr. Lima
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