Alguém em algum lugar
faz alguma coisa e tem
um motivo.
Os carros
velozes a noite,
chuva meus sapatos
molhados o duro mundo me
cerca
luta e a noite vazia de tudo
poesia porque existe
isso beleza?
um café quente
a minha é um tipo de incompreensão
ampla, o feio perde seu nome
é algo com três pontinhos
não posso com verso
quero abrir os átomos e ouvir o som
alguém se move no espaço-tempo
as ondas me pegam
agradeço
os mestres eles que me deram
imagens de viver rota
eu caminho pelas folhas
sim faço ver com linhas
não posso com o tempo
comum quero o belo nos dias
de guerra
alguém pula no espaço-tempo
e as ondas me
atingem beleza
é coisa de outra coisa
quando sinto o que entendo
perco o tempo, sonho o significado
quando a coisa se contempla
tocar as pobres coisas
com meu silêncio
Afonso Lima
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