sábado, fevereiro 27, 2021
quarta-feira, fevereiro 24, 2021
O dia em que Branca de Neve saiu para caçar
É hora da história.
A rainha não percebera que o espelho estava sem o pano negro.
O reflexo saiu com a luz da lua.
Branca de Neve senta na floresta e canta sua canção. Os animais a rodeiam. Percebem tarde demais que não podem se mover.
Ela volta para casa mais corada. Naquele diz, decide que vai mudar: uma criança?
Por que os pequenos sugavam seu sangue?
Ela acabara por se acostumar.
O monstro-rainha havia perseguido Branca na floresta.
Ele sente o cheiro.
Agora, Branca aproxima-se da pequena que acordou com seu canto do lado de fora da janela. O monstro-rainha aponta sua flecha.
*
Afonso Jr. Lima
sábado, fevereiro 20, 2021
segunda-feira, fevereiro 15, 2021
Filhos da noite - dramaturgia
dramaturgia - 2017
Sofia
Eu li aquele livro. As casas de madeira cheias de ratos e pulgas. As chamas se espalham. A peste toma conta da cidade. Os viciados são internados em hospitais macabros e submetidos a todas as humilhações.
sexta-feira, fevereiro 12, 2021
domingo, fevereiro 07, 2021
sexta-feira, fevereiro 05, 2021
A bala e o pássaro
vozes na minha janela
desperto e sol e disputa
mas não é de verdade disputa
é alimento, divisão
algo distrai e chama
o barulho é grande demais
nem silêncio poético sobrou
despertar com letra impura
a consciência quebrada
vozes na minha janela
um debate em torno do pão
queria contar de pico e pena
alimentando o irmão
falar de bala e de pele
de vermelho e sonho quebrado
de um país e seu medo
ao poeta é ofertado
assim me quebro e viajo
por homens, serpentes e pastos
crescendo no úmido verde
falando por todos os seres
humanidade, suas metades
e assim segue a esperança
quando morre outra criança
vozes na minha janela
Afonso Lima
quinta-feira, fevereiro 04, 2021
Basta
O que saber desse mundo?
O que posso, o que junto?
Cada povo tem seu culto
Não sei ler, sou oculto
Uma rápida olhada já diz tudo
Passado presente e futuro
Afonso Jr.