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domingo, julho 23, 2006

Adivinha que o candidato do PFL está fazendo propaganda da privatizaçãodo sistema prisional!

Por que o Estado não pode custear prisões humanitárias? Os ricos não pagam impostos, com isenções e desvios, e o imposto dos pobres vai para a dívida externa, afinal...

Parte-se do velho argumento que o que é público é ruim... sim, se for feito por uma ditadura tecnicista, ou por mauricinhos economicistas sabe-tudo, mas pode ser bom se a democracia nos der meios de ingerência, e cobrar dos especialistas, claro...

O chato disso é que o óbvio tem de ser dito! O privado, sabemos pela Enron, significa isso, corrupção na veia, tentar impor um lucro extra a custa do serviço, pois quando David e Golias brigam, a lei ama Golias, claro...

Se tudo corresse mal e o Estado -o que significa apenas, que a maioria do povo, aqueles que são afetados- pudesse intervir, mas o caso das telefonias e das rodovias mostra: depois de dada a concessão, um conjunto de interesses impede grandes reflexões...

Vê-se essa velha lógica no argumento de Edmundo OliveiraProfessor da Universidade Federal do Pará-Amazônia e da Universidade de Miami (EUA):

"o custo de uma prisão sob a responsabilidade de uma instituição privada é menor do que os gastos em estabelecimentos prisionais administrados pelo serviço público: nas prisões públicas, o preso custa em média US$ 48 ao dia; nas privadas, US$ 25 ao dia."

-se isso for em detrimento da qualidade de vida do preso, de que adianta? já não tá ruim o bastante?

"A segunda – embora o lucro faça parte da resposta –, é que a iniciativa privada tem mais interesse em otimizar os serviços, reduzindo despesas desnecessárias para não terem prejuízo. "

- O próprio autor apresenta sua antítese.

Outras opiniões:

Sérgio Mazina Martins
Vice-presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim):


"E, de fato, nos países em que a privatização vem sendo praticada, assistiu-se o nascimento de uma verdadeira indústria da prisão, fomentando, inclusive, veículos midiáticos e representações políticas que propagam, abertamente, a expansão da fórmula prisional. Como sabemos, é nesses países que nasceu e se agigantou o movimento da law and order, propondo a aplicação da intervenção prisional em cenas e espaços os mais corriqueiros da vida social."

http://www2.oabsp.org.br/asp/jornal/materias.asp?edicao=101&pagina=2664&tds=7&sub=0&sub2=0&pgNovo=67

‘‘O objetivo único do lucro é tão claro, que as empresas administradoras de presídios privados estão dando aos detentos comida de baixa qualidade e reduzindo os sistemas de atendimento de saúde. Nesse modelo, prevalece a lei de Wall Street, onde as companhias privadas têm suas ações negociadas’’, ressalta o sociólogo Benoni Belli, que trabalha junto à Organização das Nações Unidas (ONU).
http://www2.correioweb.com.br/cw/2001-05-13/mat_38088.htm

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