Fui assistir o último filme de Woody Alen, Scoop. Não sei qual teria sido minha impresão se não tivesse lido a bendita crítica no mural do cinema. "EntretenimentoX Cinema Cabeça". Bem, sentei na sala sabendo que essa era uma produção menor, uma derrapada do gênio, que muitos não haviam gostado... Prazer culpado, enfim...
Uma das coisas que me fez comprar o ingresso, depois da leitura, foi a conexão com "Assassinato em Manhatan", um filme em ue simplesmente tive de virar de costas para a tela, tamanho o acesso de riso...
A história é simpática, singela, lá está o falante americano agora como mágico. Mas não tem a mesma graça de "Assassinatos". enquanto aquele representava tão bem a briga de casal "sonhadoraX realista" este protagosnista masculino não convence com seu bom senso, apesar de tiradas engraçadas... sim, e ele tem graça suficiente para fazer uma cena no barco grego dos mortos, com Caronte e tudo .... (A mesma maravilha do coro em "Descontruindo Harry"...)
A grande graça é justamente essa, a arte como brincadeira, a liberdade de rir de si mesmo, de escrever "A tempestade" depois de ter escrito "Hamlet". dizem que o último espetáculo de Pina Bausch que veio a Porto Alegre foi criticado por ser pouco Pina Bausch, ser leve, divertido, despretencioso... é aquilo, hoje você compra uma personalidade consumindo os "artistas" do momento... deixem Woody tirar meleca do nariz!
ajr
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