Homem que vive na esquina
Como você passou hoje?
Qual o seu nome?
Amanhã você estará vivo
Como eu?
Tua roupa rasgada, olhos feridos
um saco de urina, no cimento
Você não sorri há muito tempo
Eu queria saber o que já aconteceu
Sol, multidão, ônibus
Nunca te vi falar
Talvez eu seja lembrança amanhã
E você lembre de minha moeda
Esses metais sem nome
Porque o mundo é cinzento
Se ninguém lhe dá seu eu
Ninguém cura a feridaTodos nós sairemos daqui
A verdadeira morte é o esquecimento
Tudo que brota da noite é vida.
Afonso Jr. Lima
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