Ser de céu, de claridade, a pedra o canto
Estou pesquisando o mundo
Meu objeto de pesquisa é
o que é
Nos cantos onde se ramifica, nos mares onde se agita
Meu foco é o mínimo
Eu estudo as crianças e suas mãos
Eu estudo o sol e sombras e camadas
Cada folha em sua nervura vermelho verde castanho
Eu estudo a angustia da mulher bem sucedida
Como na república ainda se come lixo
O ramo, o cinza, o véu do silêncio
Organizando o tempo para que ele não ande
E existe passado e futuro, ouvir as gerações
Nada de coisas divididas, processo eu-mundo
Por que a vida é forte e sempre esconde
Por que se sabe demais e falta o esforço
de ignorar e libertar e vigiar a ordem
a prudência pobre, viagem
o que rasteja - ele sim
sabe
Afonso Lima
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