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sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Templo

Mulher cinzenta, domadora
unhas nas costas goteja sangue
indomável ave voa
artifício no templo aprendido
animal vermelho escreve com isso

- Lua no nada eu quero o vazio
- Nada feito, o vento, zero - a vampira
- Fria beleza me agita
- Impossível estilo: ironia

Eu bebi do Graal e louvei Osíris
As estrelas do céu a água pura
A cidade ecoa tempestade
Olhares sombrios e céu violeta

- Se o que salva é ser oceano
- Do particular só há engano
- Partícula perdida eu doença
- O que existe precisa ser

Oco da caverna eu preso
nascida do lodo, inacabado todo
Odeio a autonomia eu grito
Ela, dura poesia

Afonso Lima

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