odeio um sistema
lua lua lua
não se escapa do tempo
por existir
é poema
excomungado pelo passado
fichário planta pássaro
tudo é sagrado
eu celebro do ramo escuro ao céu cinzento
água que tudo renova
vulgaridade é pensar pouco
desprezar o que não cabe
o que mais não significa: pornografia
sem riso, sem rir da ilusão
relógio universal, escritório-eu
o que seria desse sem outro
bobo melancólico, jogando a pergunta no mundo
eu: mutações de uma história com outra história
transformar absoluto
pensativo fantasma segue em frente
lua noite e serpente
só fica o que muda
Afonso Lima
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