nem um azulmetálico para barco
nem uma chuva pesada que céu não segura
o coral a onda o sal pedaço de rocha branca
não: pente solto tenho para poesia
e um mar: talvez vento nem uma tarde
montanha perdida nem pensar perdido: o poste
a concha e a espuma, os bichos o barco
não:
são os chinelos e os teus olhos escuros tão escuros
são os pedaços de palavras em novos rumos
são cantigas escondidas em gavetas de fantasia
feitiçarias inglesas e macumbas teóricas na minha alma invertida
de fronteira europeia e serra mestiça: nem espelho azul
de amarelo descendo enquanto a mente se ilimita
tenho para poesia: um olhar
Afonso Lima
Nenhum comentário:
Postar um comentário