Veloz andar sobre as ondas qual fera
Noite de Luar!
Fora da caverna onde esperas
Onde, o dia longo e só vês passar
Tecendo sonhos de alegria ameaçada
Que te fazem terrível e amada
Rápido, teu voar!
Em capa cinzenta sua forma escondida
De estrelas enfeitada
Com seus cabelos cega os olhos do dia
Coberta de beijos, não quer mais nada
Vaga sobre o mar, terra, cidade
O ópio da tua magia por toda parte
Venha, tão desejada!
Quando acordei e acordou a manhã
Suspirei por ti
E cai a tarde sobre verde e flor
E volta exausto o dia ao seu descanço
Um convidado que demora sem amor
Suspirei por ti.
Tua irmã Morte veio em prantos
Você me queria?
Teu filho, o Sono, olhos-santos
Murmurou como um inseto do dia
Pouso em teu colo? E respondi
Não penso em ti
Não te esperaria!
A Morte virá quando tua arte morrer
Tão, tão depressa!
O Sono, quando ela se perder
De nenhum deles bênção eu peça
A ti eu peço, Noite, vem abençoar
Suave seja o teu voar!
Vem depressa, depressa!
tradução: Afonso Lima
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