Agora é o tempo
o céu é o mesmo daqueles tempos estranhos
meu lar no alto da colina
eu o tranquei e sigo em frente
eu observo uma corte sem justiça
apago minha lâmpada
o saber foi possuído pela morte
voamos sem plano de voo
a criança corre pelo corredor
acreditando no calor que a salvará do pesadelo
a fraca luz de um brinquedo abandonado
olha para o céu, luz sem sombras
os adultos estão sentados como num julgamento
não juraram, a ânsia deles por uma faca
os sentidos confusos
um consolo miserável
de um fogo interior de fantasmas e ilusões
corre entre folhas e árvores
as flores e os frutos estão congelados
ela observa o abismo e voa um pássaro
talvez o mundo entre em mim e eu nele
aqueles dias de sol fotografados
queimados e sobra as pedras sob os pés
forças da vida evoca para a cura
restos de ontens e vozes ancestrais
além da norma dos coros dourados
produzindo para sobreviver
criando forma perdendo tudo
sigo em frente feliz por não entender
Afonso Lima
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