Examino a ponte em obras
A anatomia de uma lembrança
Meu corpo na escuridão
Das ruas talvez bucólicas
Das ondas de cor de Porto Alegre
Casas coloridas e cafés
Palmeiras amarelas
Esquinas à venda
Nuvens espetadas no aço do morro
Moço bonito, antigos amores
Ruas bordadas de verde
Encantada cidade a cada dia perdida
Eu vivo o tempo do silêncio
Não há dúvidas no sistema
No aquário, mão-de-obra gratuita
E mesmo assim nós na loja indiana
Comendo yakissoba sabor chile
Amplas avenidas o vento da madrugada
Tantos fantasmas do crime político
A poesia do teatro com goteiras
Cidade de meu andar
A saudade é heroica
Cidade imaginada a criar
A memória é progresso
Cidade à espera de esperança
Afonso Lima
Cidade à espera de esperança
Afonso Lima
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