Abraçados na nuvem
ovos de porcelana
o rio transparente
o terno branco duplo
as macromoléculas colidiram
há 4 bilhões de anos
e nós na velocidade de dobra
Dois ursos brancos rolando na neve
nós passeando pela ponte sob a chuva
japonaiserie no tempo do complô
a flor de leite e o fino dedo no rosto
é hora de rejuvenescer
No universo ao lado o peso nos atinge
expressando esperança por uma estrela
rolando como insetos na areia clara
caindo do alto de uma árvore rolamos
dentro a dança, gravidade leve
o branco sol nasce em frente ao mar
O manto branco que nos cobre
O velho nos olha coroado somos belos
Contra a corrente, metamorfose
E não - jogador se torna o jogo
Transformados corremos na manhã
Afonso Lima
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