na luz vermelha da ponta do rio
mergulho com um finlandês perdido
clarões de um céu inteiro fonte invisível
menino tropeçando nos degraus
mercado marcado explodo a bolha dourada
recebo todos os deuses com minha espada
nas árvores da Redenção
ele odeia comida indiana, ela usa turbante azul
vento na rua solitária de pedras
no sofá com Legião, a geometria judaica
hormônios florescidos na dança da metrópole
rambô toma chimarrão na grama
a sombra do aço lembra
protesto contra o fluxo dos tiranos de ar
Porto Alegre a paixão descendo a lomba
onde canta o sabiá do samba
e o punk à cavalo Noll de memórias
minimalismo e choro naquele banco transfigurado
o alemão grita com a bandeira
debates e terra, chamado da floresta
jogo de branco em preto e contar moedas pra estudar
a indústria francesa nos degraus, escadas da 24 onde nasci
Porto Alegre cidade vermelha
Porto Alegre os índios do Pará
a árvore milenar da esquina, casario baixo
amor que não dura, o eterno, a separação
1752 açorianos um rumo novo âncoras
protesto contra o fluxo dos tiranos de ar
Porto Alegre a paixão descendo a lomba
onde canta o sabiá do samba
e o punk à cavalo Noll de memórias
só eu sozinho solidão simulada sussurros de mata
artista perdido refletido em vidro
na roda do dia da festa
artista perdido refletido em vidro
na roda do dia da festa
a água se enfeita de lua
o beijo no cruzamento do Ocidente roubado
o beijo no cruzamento do Ocidente roubado
o sol do verão me ensinou filosofia
Buda nos campos do exército imperial e farrapos
aqui morou o capitão érico, ecoa um riso de poeta
desenho anjos no cais e colo flores fantasiadas
minimalismo e choro naquele banco transfigurado
o alemão grita com a bandeira
telefonemas suicidas e paixão impossível mais uma
debates e terra, chamado da floresta
jogo de branco em preto e contar moedas pra estudar
a indústria francesa nos degraus, escadas da 24 onde nasci
Porto Alegre cidade vermelha
Porto Alegre os índios do Pará
a árvore milenar da esquina, casario baixo
amor que não dura, o eterno, a separação
o meu mundo interior clarões
os mortos em cada fachada colorida e rococó
os mortos em cada fachada colorida e rococó
nunca adaptado, acreditado herói trovador
espelho caminhando no Beira-Rio
ninguém pode parar
espelho caminhando no Beira-Rio
ninguém pode parar
essa tempestade em que falo com o céu
olhando os aviões e a saudade calculada
olhando os aviões e a saudade calculada
coloco a máscara que diz a verdade
Porto Alegre na rua da praia
águas levam à todos os mares
Porto Alegre na rua da praia
águas levam à todos os mares
louca fria sereia do inverno
Ofélia afogada, lembrança desregrada
Porto Alegre cidade sonhadora
Afonso Junior Ferreira de Lima
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