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quarta-feira, junho 14, 2017

sobre as nuvens

eu não deveria me mover, chuva, estéril murcho campo, a multidão gira, as sombras que suspiram, como a produção, sapatos ensopados, tokyo vertigem, produção da classe, o sangue na imprensa, milhares de desempregados, call center, ele que caminha pela terra, um príncipe dos três montes, não assinou, não quer pintar por dinheiro, meu amigo, mas estás morto, a villa no fim da cidade, volte para mim, ele diz, já não trabalha, você me desalojou, eu brotava no início da primavera, purgatório, seu saber não de compartilhar, seu poder assentado sobre livros, seu medo, zona contaminada, você me entrevista e eu não devo ser bem-vindo, o que é importante e o que é inferior, palavras mortas, ele os homens sujos que despejam dejetos na rua, roubam o ouro, Lorde bêbado comanda o ataque, vira comandante, o vício do comércio dá mais, eles colonizam seu próprio povo, senhores da morte, uma tempestade Lucy, escombros de casas, óleo vende mais, rosto vermelho, veste o terno surrado, atravessa o Sena, ela foi embora, mas eu sai, eu entrei no mar, eu me purifiquei no fogo e no ar, eu sai da prisão permanente, vigilância permanente, eu toquei as coisas sagradas, eu coisa, são as árvores que falam comigo, eu sofri e vivenciei, eu sei, a aurora, um som e as flores, a moça jovem com ramos verdes, o barco segue, seu deus é a medida de todas as coisas, conselho noturno, se os astros são perfeitos a alma está acima do corpo, órgão de vigilância supremo, voltar à razão, num mundo de escravos, a fala como ordem, radicalização dos soldados, desumanização do tempo, controlar a organização do mundo, não assinou, por Lucy, o custo da vida, paga a conta do bar, fecha a porta, duas almofadas no chão, fecharam todas as galerias de Paris, eu sento sobre a pedra e choro, eu sou acusado, mão-de-obra barata nos jardins do governador, caminhamos pela noite, nossos sapatos velhos, grito das gaivotas anunciando rio podre à vista, amontoado de resíduos, templos, altares, procissões, eu não esperado, o que brota, não deveria me mover, você me fez vagar pela terra sem água, a raça que não deve brotar, cantar de água novo, leitor hipócrita, a voz controla, o deus das fronteiras, a deusa dos casamentos, o deus dos guerreiros, o deus dos embaixadores, sonhador e seu eu sonhado, eu toco a música, cadáver florido, um crânio de demônios, a procissão dança, zombaria e risada, o santuário da nascente, criança da terra, vivo, o inverno acaba, meu cálice, mas estás morto, assim foram feitos vossos pais, lamentos rítmicos, no escurecer das sombras, fade out, cidade fantasma, o ciclo todo, começa a germinar? ele continua

Afonso Junior ferreira de Lima

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