Algumas pessoas haviam passado mal. Uma delas ficou internada no hospital. "A burguesia precisa defender seu senso de superioridade, é por isso que precisamos comer carne estragada", disse uma líder popular. A repressão foi brutal.
Desde que o governo havia trazido de volta algumas fábricas, oferecendo salários ainda mais baixos e liberdade quanto a regulações, e, depois que ficou claro que os trabalhadores eram incapazes de pagar seu próprio alimento com tais salários, surgira uma regulação para alimentação que "adequava custos e necessidades"; na prática os trabalhadores estavam mais exaustos e se alimentavam pior. No início comiam apenas arroz e molho sabor "idêntico ao natural", mas conseguiram proteína depois de uma negociação. No entanto, paulatinamente, surgiram reclamações quanto ao cheiro, ao aspecto e ao sabor da carne. "Come-se uma coisa que tem gosto de papel mofado. Pior, se você tentar olhar na cozinha, o cheiro parece um lixão, tudo parece ter ficado horas sem refrigeração" - disse um trabalhador a uma rádio local.
Na TV um especialista falava sobre a maravilha de que entre o seu "climax de consumo" e sua degeneração, havia um momento em que a carne era saudável, mas apresentava aspecto ruim. Seria um desperdício perder toda essa proteína, afirmava.
Os trabalhadores se reuniram e começaram a produzir aves para consumo próprio. A líder Manuele Ornan divulgou métodos de criação que se espalharam rapidamente. Pequenos produtores reuniram uma quantidade suficiente para atender 1/3 da demanda através de Casas de Alimentação. Planejaram um Manifesto e a inauguração de uma casa no centro, mas seus líderes foram presos na véspera.
Um jornalista desafiou a censura publicando a entrevista com um cientista político que disse que os políticos não podiam ver nos trabalhadores nada além de algo "perigoso e subversivo", pois viviam no luxo: “Nas eleições, ganha o candidatos com mais dinheiro. Não é sistema representativo. Os candidatos eleitos vitoriosos investiram 20 vezes mais do que os que perderam".
Desde que o governo havia trazido de volta algumas fábricas, oferecendo salários ainda mais baixos e liberdade quanto a regulações, e, depois que ficou claro que os trabalhadores eram incapazes de pagar seu próprio alimento com tais salários, surgira uma regulação para alimentação que "adequava custos e necessidades"; na prática os trabalhadores estavam mais exaustos e se alimentavam pior. No início comiam apenas arroz e molho sabor "idêntico ao natural", mas conseguiram proteína depois de uma negociação. No entanto, paulatinamente, surgiram reclamações quanto ao cheiro, ao aspecto e ao sabor da carne. "Come-se uma coisa que tem gosto de papel mofado. Pior, se você tentar olhar na cozinha, o cheiro parece um lixão, tudo parece ter ficado horas sem refrigeração" - disse um trabalhador a uma rádio local.
Na TV um especialista falava sobre a maravilha de que entre o seu "climax de consumo" e sua degeneração, havia um momento em que a carne era saudável, mas apresentava aspecto ruim. Seria um desperdício perder toda essa proteína, afirmava.
Os trabalhadores se reuniram e começaram a produzir aves para consumo próprio. A líder Manuele Ornan divulgou métodos de criação que se espalharam rapidamente. Pequenos produtores reuniram uma quantidade suficiente para atender 1/3 da demanda através de Casas de Alimentação. Planejaram um Manifesto e a inauguração de uma casa no centro, mas seus líderes foram presos na véspera.
Um jornalista desafiou a censura publicando a entrevista com um cientista político que disse que os políticos não podiam ver nos trabalhadores nada além de algo "perigoso e subversivo", pois viviam no luxo: “Nas eleições, ganha o candidatos com mais dinheiro. Não é sistema representativo. Os candidatos eleitos vitoriosos investiram 20 vezes mais do que os que perderam".
O jornal foi fechado. Manuele se suicidou na cadeia.
A publicidade, o uso de infiltrados, o apoio da universidade, finalmente acalmou os ânimos. A comida não agradava, mas o Ministério Público exigiu novos temperos e odor mais agradável. Por fim, foi acordado o uso diário de um medicamento que evitava os efeitos mais dramáticos de uma carne esverdeada.
Afonso Jr. Ferreira de Lima
A publicidade, o uso de infiltrados, o apoio da universidade, finalmente acalmou os ânimos. A comida não agradava, mas o Ministério Público exigiu novos temperos e odor mais agradável. Por fim, foi acordado o uso diário de um medicamento que evitava os efeitos mais dramáticos de uma carne esverdeada.
Afonso Jr. Ferreira de Lima
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