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segunda-feira, junho 10, 2019

Diálogos

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- Tio, mais um golpe. Um sonho dentro de outro sonho, caminhamos caindo em abismos.
Na biblioteca, o professor e seu sobrinho conversavam. A luz penetra pelo vidro alto e com detalhes coloridos. 
- Estou frio como um bloco de gelo, poderemos salvar as instituições? Pode-se pensar que o criminoso pressuposto deve ser punido mesmo com ilegalidades. A realidade está sendo colocada em dúvida. 
O outro está pensativo.
- O ideal democratico pressupõe pessoas com senso crítico e capacidade de reflexao, além de informação isenta. Será que somos capazes de vencer a mentira de massa?

Ele pensa que milhares estão completamente convictos de suas crenças, perdendo a capacidade crítica. São anos de notícias falsas. Pode uma nação viver na irrealidade fanática?
- A vida toda eu disse que a verdade é a mentira que acordamos crer, mas estes pesadelos substituem a verdade possível por ódio e medo. Lembremos do "Protocolo dos Sábios de Sião", diálogos de 1864 retirados de contexto e publicados em 1905 pelo místico religioso Nilus, uma mentira que se tornou base da ideologia nazista. Henry Ford distribuiu meio milhão desses livros em 1925.

- Vejo as pessoas dizendo que tudo é liberdade de expressão. Mas existem discursos perigosos e errados. Mitologia não é mistificação. 
O sobrinho abre a gaiola e dá comida ao pássaro. 
- Lembro quando o senhor contou sobre sua avó ter tido sua casa invadida sem razão na Alemanha. O policial diz que quer se livrar "de judeus com passagens pela polícia", ainda que seja uma multa de trânsito. Parece que querem destruir qualquer lei ou Estado para voltar à era da livre caçada dos opressores. Uma Justiça Absolutista. 

O professor olha seus papéis. Atrás do espelho, animais fantásticos povoam os jardins. Um mundo como o nosso, mas no qual os relógios andam ao contrário. 
- Eu manipulo a verdade para dizer a verdade. Romance. Os agentes públicos disseram que deviam criar clima na opinião pública para objetivos politicos. Mesmo sem provas, entregam a um jornalista material para forjar "denúncia". "Surpresos", os investigadores abriram investigação.

O homem de barbas brancas observa os pássaros lá fora.
- Temos um núcleo de pessoas bem informadas nas capitais, e o resto é um país continental sem nada que os faça mudar - o professor alimenta o seu lagarto. Além disso, nenhum juiz seria capaz de julgar um companheiro...
A governanta traz limonada. 
- Será que ainda podemos ver a ficção totalitária, a massa totalmente encantada pela sereia malévola, que comprometeu a democracia? Uma informação muito pobre ajudou a eleger, e pode manter no poder, pessoas corruptas.
- Sim. Nas cidades pequenas nas quais passei, é absolutamente óbvio que tudo vai melhorar. Nada se comprova em fatos, porque é certo que o país será melhor.
- Vou escrever um conto. O sono geral, e o messias é um demônio disfarçado. Ou algo mais surreal. Congresso oligárquico negociou derrubada do governo para ajudar acionistas e rentismo. Talvez seja uma sociedade neo-colonial. A sereia terrível da propagand, direitismo cultural criando fanáticos. 
A fênix vermelha abre as asas. 

Afonso Junior Ferreira de Lima







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