A mata densa dos teus olhos
Klimt
Violeta, flores quebradas, ramos, densos, torrente
Retiro um pedaço de céu azul
Ritmo meu corpo, ossos violentos
A taça, a onda, o pranto do humano
A ânsia
Pés no outono, um inseto, pés humanos
Uma noite que se pergunta
Um tremor de nervos
Um pai produto
Uma mãe produto
Um filho amado produto
E porque devo ir, e por que não?
O poente azul gira e seus astros
Beijos, on line, de manhã, à tarde
Odeio o ódio e mais a vontade
Sensual enigma o escuro rompe
Saberei? Quando?
Viver é tanto
Espanto.
(Paisagens possíveis - Porto Alegre, 2005 - 2006)
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