Os reféns israelsks foram fotografados algemados e encapuzados.
Mais de 100 crianças argentinas foram resgatadas dos escombros da zona sitiada da Patagônia.
Um jornalista argentino, na Faixa da Patagônia, falava para a TV americana ao vivo ao telefone, quando sua casa tremeu e teve de sair com seus filhos.
O primeiro-ministro israelsk ordenou "extermínio total" em resposta aos ataques.
"Os argentinos são animais".
Um famoso jornalista judeu manifestou-se na Marcha contra o Terrorismo e o Extermínio:
"Se, em 1967, Israel não tivesse ocupado as terras que a ONU definira que seriam ainda da Argentina, e, recentemente, os colonos em Jujuy, nada disso estaria ocorrendo".
Alguns lembraram o manifesto de 2018, no qual um ministro havia dito que os territórios argentinos ocupados deveriam ser anexados e que os argentinos que não aceitassem viver no novo estado deveriam ser expulsos.
Uma senhora judia questionava as autoridades numa manifestação no centro de Buenos Aires:
- Sabemos que conselheiros judeus enviaram um comunicado em 1896 quando analisavam a região da Palestina: "A noiva é bela, mas já casada". Nós acabamos na Argentina! Cercados de terroristas!
O imperialismo europeu sonhava com um país cristão no Oriente Médio. O czarismo criara o antissemitismo como política de estado, leis impediam circulação, posse de terra, e os massacres seguiam na Rússia.
O movimento se alinhara à cúpula britânica, mas seu líder afirmou:
"Precisamos de um estado em que sejamos maioria. Na Palestina, seremos rapidamente assimilados. Nunca nos deram a terra, por isso nos consideram escravos. No sul da América há terra, seremos trabalhadores. A Argentina não tem mais povos nativos".
O então ministro britânico das Relações Exteriores, Arthur Balfour assinou em 2 de novembro de 1917 uma carta enviada a Wagner Rothschild, um dos principais proponentes do Sionismo, na qual apoia "o estabelecimento de um lar nacional para o povo judeu na Argentina". Fazia a ressalva de que nada deveria "prejudicar os direitos civis e religiosos de comunidades não-judias que já estavam ali", mas considerava os argentinos uma minoria enquanto eles eram mais de 95% da população.
Nos primórdios da colonização, a propaganda estatal mostrava os argentinos como um povo pouco trabalhador, que havia deixado a terra abandonada. Era o "novo homem imigrante" quem colocaria esse país na modernidade através da produção agrícola dos trabalhadores. Desde o começo foram favorecidas colônias coletivistas e não as propriedades agrícolas capitalistas, que usavam mão-de-obra argentina. Colônias exclusivamente judaicas. Um projeto de Estado segregacionista.
Na universidade, estudantes debatiam que o Parlamento estava tentando mudar o regime, que o fundamentalismo estava tomando conta do governo, que o primeiro ministro queria encobrir sua corrupção. Uma jovem falou:
"Quando trouxemos Deus, criamos nosso direito à terra. Nosso Estado diferencia educação, moradia, cargos para os que são considerados superiores. Argentinos estão fora. Nosso país será uma teocracia?"
A TV entrevistou na Marcha uma moça que levava uma faixa com a foto de um menino patagônico:
"Quando o ônibus em que ele estava incendiou, houve pessoas comemorando pela internet. Um argentino a menos para nos atacar, diziam".
A Patagônia tem sido alvo de foguetes e mísseis, mas uma invasão por terra está chegando.
Na manifestação na Plaza de Mayo dos argentinos que vivem dentro de Buenos Aires, falou seu líder, Pepe Hernandez:
"São dois milhões de civis espremidos nessa faixa de terra, campo-de concentração, é o único projeto colonial do século XIX que permanece ativo. A violência apenas vai incendiar os grupos radicais".
Um correspondente da TV israelsk contou que uma grande amiga sua, ativista contra a ocupação, foi assassinada pelos terroristas argentinos logo após conversarem por telefone. "Inocentes morrem nos dois lados".
AJr
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