Os equipamentos não detectaram nenhuma forma de vida.
O prefeito, uma inteligência multidimensional, foi responsabilizado.
Alguns testes haviam sido feitos com micro-robôs para impedir que chuvas torrenciais caíssem sobre a cidade, depois que inúmeras tempestades demonstraram a insuficiência crônica da drenagem urbana.
O único detetive enviado até o local é um especialista em neurociência robótica. Ele confirmou que todos os seus habitantes morreram. O que se chamou "habitantes".
Não havia pessoas de outros estados, depois que a Lei dos Cidadãos foi promulgada, lei que gerou a expulsão de quem não havia nascido na cidade.
O grupo dos herois passou a ser ilegal - agiam nas trevas e sabotavam os centros de inteligência robô.
As Plantas-AI iniciaram uma série de protestos contra os "orgânicos", condenando a cultura do carbono que havia infestado os ares e aquecido as massas de água.
Condenaram especificamente os poucos políticos humanos por "alucinar" constantemente.
Ativistas robôs começaram a propor colônias de trabalho além da fronteira, já que os humanos haviam sido abandonados pelos seus próprios governantes e as empresas preferiam máquinas.
Uma "revitalização da linguagem" foi proposta quando cientistas robôs perceberam que os humanos haviam perdido muito do seu vocabulário no que ficou conhecido como "algoritmização".
Na Câmara, se aprovou um decreto de que apenas cidadãos nascidos após 2025 seriam de fato "insulares puros". Com isso, todas as formas orgânicas humanoides tiveram de sair.
As crianças acabaram sendo escravizadas.
O detetive imaginou se o grande evento teria sido planejado pelos herois.
Ele encontra o símbolo de uma máscara por todas as partes. Aviso dos terroristas?
Nos escritórios do prefeito, as fotos dos herois - estavam sendo monitorados.
O detetive caminha pelo cemitério com mais de dois metros de neve.
Algumas batalhas haviam sido travadas nas fronteiras.
Alguma substância usada em um duelo poderia ter causado isso?
- Suba na nossa nave - a voz vem de um brilho intenso.
Afonso Lima
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