Velho amor, eu me despeço
de todos os dias gloriosos
que eram feitos de vidro
Eu não queria me esquecer
dos dias de sol
arrumando os livros
o que plantamos em longas discussões
no jardim, as colinas, que
abraçados, olhamos
O violino que ouvimos ao cair o sol
De todos os fatos imaginários
os vazios preenchidos
Não sabia que era tão importante
E cultivei por tempo demais
Tiro agora as folhas secas do caule
Antigo amor, eu te deixo partir
E, de dentro desse mar vasto de Eros,
podem surgir novos seres.
Afonso Lima
2 comentários:
Lindo!
Lindo!
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