- Grande urso falador, nosso homem-macaco! - disse o velho do correio. Herói Comezinho Embriagado, é como lhe chamam - bradou.
- Era uma vez a cidade envolta em névoa, cercada de água, cheia de monges, fervilhante de mercadores que vendiam prata, escravos e porcos - disse Sr. Porter.
- Ele é plano como a planície do Horrível Castelo Earredores, é o que eu digo - o filho do coletor de impostos bradou, dançando.
- Ah, a ira divina, a vingança divina! Pensar que o Senhor criou um fogo negro que nunca apaga para torturar e punir Homens Como Esse - alguém falou do fundo.
- Um inseto, sim, com essas mãos brancas e peludas, perseguindo moças da idade de sua filha! Não sente um peso enorme nas costas? Hein, senhor Porter? - o comerciante de longas barbas ruivas bradava, acendendo o cachimbo.
- O barco dos vikings chegou e cabeças rolaram de monges pela praia.
- Hereto Cidadão Endublinado, eu diria. Ele terá um exército de demônios só seu quando chegar ao inferno! Não haverá carvão suficiente para o fogo que merece! - o estudante adolescente dizia, batendo a caneca na mesa.
- Mas so a sombra do crepúsculo surge um guerreiro sem cabeça, com espada de bronze, que vai fazendo cair filas de vikings sanguinários!
- Quando Cristo gritar: "Afastai-vos de mim, oh! malditos" e os nove coros de anjos taparem os ouvidos enquanto os demônios arrastarem o senhor Porter - agora era o gordo contador que dizia, enquanto uma jovem prostituta abraçava seu pescoço.
- E logo eles têm que recuar para seus navios e fugir, e os monges vem velar os seus mortos.
- Mas ah! Hera Como Estraviado, Hehas Crianças Espalhadas! Ah!Ah!Ah! - alguém dizia.
- E o guerreiro levanta a espada contra o horizonte moribundo. Ele vai embora montanha acima e nunca mais ninguém o viu.
- Ah! espere pelo fogo, a fumaça e o abraço dos diabos! - outro gritava.
Mas o taberneiro Porter não se importava, saiu detrás do balcão, começou a dançar com a moça e cantar antigas canções.
Afonso Lima
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