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domingo, março 27, 2016

Rio

Eu ando pela margem do rio
Tudo é cinzento, o horizonte
É uma chama, a glória partiu
Revolta e maldade, indo para onde?

Marcas de insanidade, crianças com medo
Meu coração lembra da aurora antiga
Dos campos verdes, mas o que eu vejo
navios naufragados, homens com medo

Canto uma canção amiga
Tento estender a mão, uma moeda
São os grandes da nação planejando a queda
Cães ladram, a noite cobre as coisas

Anjos, fogo e gritos, e estrelas no céu
O mundo sempre quer a liberdade
Eu ando pelas margens cinzentas
É uma lua pequena, luz escondida

Afonso Lima


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