As pessoas estranham o homem
Com um buraco de bala andando pela rua
Era um tempo de espera
Sonho que forja o poeta
As pessoas estranham
A poesia atingida
pela terra perdida
mar espelhando mundo
mergulhando
algo se perdeu
canto de pranto e dentro e fora
pelo tempo refeito
as palavras acorrentadas
feitiço dos reis
multidão furiosa
o dragão matou o santo
o pânico pode matar
eles sabem o que fazer eles, te darão o céu
a rima ruma contra a onda
ouvindo a rua
nesse barco tão etéreo
alimento-me de esperança
o progresso não me assusta
porque sou lúcida infância
As pessoas estranham aquela garota
Já atingida na manhã
palavras pela vida
Afonso Lima
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