sou o choro do Brasil
o choro do homem que ouve
que será pesado como um animal
sou o choro de todos aqueles que
não têm roupa para o banquete
Na primavera em Pernambuco
um dia foi vencido o Santo Ofício
o rio da liberdade não se pode barrar
nós somos a força das mulheres
ocupando a rua com a esperança
de quem cria os filhos que os pais abandonaram
Pelas ruas criando a hora
milhões caminhando contra o castigo
eu gostei tanto quando me contaram
eles são o nunca sabido o nunca esperado
o novo das eras a onda da mudança
a perfeição o choro do Brasil
no pandeiro e violão
Liberdade e sonho
a festa dos animais estranhos
o choro do homem que ouve
só a emoção é de fato racional
Afonso Lima
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