Aproxima-se do jovem de mochila sentado no metrô - olhos negros e pele escura.
O homem ajoelhado com barba grande e clara - as mãos estendidas.
A mulher negra de cócoras fazendo suas necessidades na rua.
Ali estava a mulher, cabelo desgrenhado, olhos verdes, pedindo dinheiro com raiva.
O grupo chegou silencioso, deram as mãos.
Uma jovem cantou um canto melancólico.
Os outros acenderam velas.
O lamento tornou-se um coro.
Fizeram a dança do luto.
A mulher suja ficou de joelhos, assustada.
- Estamos chorando pelo seu abandono.
Orfeu tocou seu violino, e se foram em busca do próximo abandonado.
Afonso Jr. Lima
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