Quando eles programaram as sementes com essa lei interna, não pensaram que morreriam milhões de pessoas.
Em 2027 vazou um acordo entre as corporações - ou seria uma brincadeira? - com as novas leis dos robôs:
1) um robô só visa dar lucro a empresa que o criou.
2) um robô pode eliminar os humanos que não dão lucro.
3) um robô protege sua vida desde que não contrarie o interesse da empresa que o criou.
- O jogo, a máquina segue suas próprias regras, não copia a realidade. Acho que no começo teve a ver com a revolta contra a subjetividade romântica. Duchamp e seus mecanismos sem toque pessoal. Máquinas, trocadilhos, acaso, a lógica fria era libertação. Não simular o real, mas desdobrar o imaginário, usando a inação dramática, metalinguagem, duplicações, repetições, a materialidade da cena, um teatro de imagens, etc... Mas a aniquilação ronda o mundo pós-humano.
Os informantes da imprensa estavam sendo presos com a lei sobre espionagem. Nesse clima, uma empresa criou uma lei interna de sementes robóticas que seria expansão contínua e destruição de sementes totalmente orgânicas.
Em determinado momento, a IA decidiu que seria muito melhor para a contaminação eliminar a parte nutritiva do alimento. As sementes ignoravam a vida humana.
Vastas extensões de terra haviam sido destinadas à plantação para exportação, eliminando as florestas e gerando milhões de refugiados. Aos poucos, as sementes artificiais geraram extinção de inúmeras espécies.
O Filósofo começa a guerrilha com disseminação de vídeos fabricados nos quais as maiores personalidades do mundo falam sobre o tema.
Finalmente, um alerta global foi disparado. Havia risco de extinção da espécie criadora.
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