Istambul eu a levo no peito
já não me cabe as ruínas
pitorescas nem o mar em brilho
num entardecer de oriente
Vazia alma sem centro
caminho pela névoa
pedra subida torres
as sombras de roupas velhas
o sol da pedra e o menino
solitário
Minha cidade tem o tempo agudo
imaginários bizarros
como metal afiado
a lama e o silêncio
do futuro
Minha terra se perdeu
triste poesia dos versos
um sertão de vida partida
já não me cabe meu caderno
sonha melancolia
Quem dera um dia minha gente
por desassossego
perguntasse para o céu
para a terra algo de meu
para a gente algo de nosso
Afonso Jr Lima
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