Quero voltar às pequenas coisas
Não beberemos nas fontes
mas beberemos café
Ouviremos antigas canções
Que possamos ter problemas com a chuva
Nosso problema seja a válvula
E lembremos nossos amigos
Que o medo não nos mate
Possamos caminhar sem pensar
no amigo na prisão
nas tempestades que passarão
nos chicotes, no eletrochoque
mas quando?
que possamos olhar para a praça
calmos, poéticos, mudos e desamparados
e cidade, e ódio e o bebê no colo da mãe
debater o orgânico e o psíquico
Quero voltar às coisas invisíveis
A limpeza da casa
A máscara do espetáculo
Ouviremos nossas canções
mas quando?
Afonso Jr. Ferreira de Lima
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