As suas longas caudas brilhavam no horizonte enquanto os dois sóis se aproximavam do mar. As árvores cintilantes dançavam no vento.
Ele movia suas asas finas. Morcego observava do alto. Pegou um inseto gigante.
No chão, encontrou um objeto dourado. Abriu o livro.
"A cura causou-me mal. Quando desço em mim mesmo, no sombrio espelho dormem as imagens do destino, em mim vejo uma imagem semelhante em tudo a ele".
As longas caudas desapareceram.
Os "mortos" caminhavam para o centro da praça. O Senhor das Trevas estava no terraço da Prefeitura.
O discurso era aguardado pela multidão. Era preciso festejar o fim do mal.
O Morcego dorme. O homem aparece em sonhos.
- Justiceiro. Agora, a cidade sofre a tirania.
A imagem da execução pública aparece a seus olhos.
- Trazer a peste, espalhar terror.
Ele acorda, cai como uma pedra, o chão se abre.
A menina apontou na água. A mãe deu um grito. Dois tritões surgiram no céu e caíram na baía, e também um monstro de asas enormes. Um barco lança redes, que os recolhem. O marinheiro em negro fala com o chefe pelo celular:
- Tudo ok. Estamos iniciando agora a bio-hipnose para mantê-los sob controle.
Entram numa caverna, uma redoma os envolve e uma plataforma sobe até uma estrutura de metal e vidro - estão no castelo cercado de altas muralhas.
O Morcego observa grandes telas das quais surge um homem calvo, vestido elegantemente.
- "Quem quiser nascer tem que destruir um mundo". A cidade foi tomada por uma doença terrível. A massa está contaminada. Tive de fazer desta mansão uma fortaleza. Perdi a esperança. Só a guerra pode nos salvar. Eu quero que você destrua essa cidade.
Afonso Junior Ferreira de Lima
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