sexta-feira, julho 31, 2020
segunda-feira, julho 27, 2020
domingo, julho 26, 2020
quinta-feira, julho 23, 2020
sábado, julho 18, 2020
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terça-feira, julho 14, 2020
Thera na Cidade Mágica
Thera olhava as cachoeiras com nostalgia. Quando seu dom foi descoberto, e teve de mudar de gênero, viera a este lugar receber treinamento.
Ela vira o Mago Morienus transfigurado em uma batalha contra um demônio no alto de um rochedo. A lenda dizia que ele fora capaz de criar vida.
Ele lhe ensinara a reavivar o Archeus dos seres para que pudessem separar o nutritivo e o inútil.
Agora, precisava reunir um exército daquelas que tinham o dom, precisava encontrar uma forma de desfazer o encanto que colocara os camponeses do lado do Alafim. Andren corria perigo.
Thera nascera como menino, mas agora celebrava os ritos como mulher. O povo a reverenciava, mas os seguidores do Alafim se referiam a elas, de modo pejorativo, como "hermafroditas".
O encantamento fizera com que muitas pessoas se deixassem seduzir por uma falsa rebelião e passassem a atacar suas irmãs.
Os seres humanos erram, ela pensava, mas era importante fortalecer a Obra interna, o Mithan, a capacidade de se indignar pelas coisas certas. Ela pensou que também tinha fraquezas.
Diz a lenda que Morienus havia recebido um livro misterioso numa peregrinação a um antigo templo depois que sua primeira esposa morrera. Durante anos tentara traduzir os símbolos inutilmente.
Um dia, teve uma visão com Dân, o deus dos mar bravio, e este lhe ensinou a decifrar os símbolos.
Thera caminhou em direção à Cidade Mágica e comunicou-se com as sacerdotisas.
Afonso Lima
domingo, julho 12, 2020
sábado, julho 04, 2020
sexta-feira, julho 03, 2020
quinta-feira, julho 02, 2020
poema minúsculo
nesse tempo sem tempo
esse poema não tem nada a dizer
pássaro de gesso, amor bruto, árvores de barro
nada - esse poema se demora no ser palavra mesmo
sem sol vermelho, sem metáfora de música, sem rio sujo, livro sem letra
porque nesse espaço estão as coisas, coisas coisas, sem adjetivo
a cadência desse ser e sua esperança
observa o gesto desse dia minúsculo
somente leve assim esse poema persiste
Afonso Lima
esse poema não tem nada a dizer
pássaro de gesso, amor bruto, árvores de barro
nada - esse poema se demora no ser palavra mesmo
sem sol vermelho, sem metáfora de música, sem rio sujo, livro sem letra
porque nesse espaço estão as coisas, coisas coisas, sem adjetivo
a cadência desse ser e sua esperança
observa o gesto desse dia minúsculo
somente leve assim esse poema persiste
Afonso Lima
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