domingo, setembro 27, 2020
O dizer e o ser na epistemologia grega - Mestrado em Filosofia (2002)
Afonso Junior Ferreira de Lima
Michel Foucault: A morte do sujeito e a arbitrariedade do
saber como condição ética; 2002; 418 f; Dissertação (Mestrado em Filosofia) -
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; Orientador: Pergentino Stefano
Pivatto;
Ciência, verdade, poder: um diálogo com Michael Foucault - Mestrado em Filosofia (2002)
Afonso Junior Ferreira de Lima
Michel Foucault: A morte do sujeito e a arbitrariedade do
saber como condição ética; 2002; 418 f; Dissertação (Mestrado em Filosofia) -
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; Orientador: Pergentino Stefano
Pivatto;
Volume 1 – Cap. 3
Ciência, verdade, poder: um diálogo com Michael Foucault
Foucault contra o humanismo - Mestrado em Filosofia (2002)
Afonso Junior Ferreira de Lima
Michel Foucault: A morte do sujeito e a arbitrariedade do saber como condição ética; 2002; 418 f; Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior; Orientador: Pergentino Stefano Pivatto;
Foucault contra o humanismo - vol. 1 - Cap. 2
sexta-feira, setembro 25, 2020
quarta-feira, setembro 23, 2020
Palavra
A palavra mente
o discurso abuso
vergonhosamente
a palavra gira
a hieraquia
Em melhores dias
palavra linda
que carrega água
ainda que espelho
do espelho, cantada
quanta coisa puxa
de ser gente e soltar a mente
combinar o real
com ela desfaço (a machado)
me acho, louvada seja
porque entrega
palavra é carta
não palavra é fatal
palavra amiga
nunca uma só
meu cipó de ser junto
para ser singular e
inegual
Afonso Jr.
terça-feira, setembro 22, 2020
O filho de Sei
Um quarto com paredes de papel pintado com pinheiros e flores vermelhas. O vento traz o perfume das cerejeias em flor, o som do rio correndo próximo. A luz da lua entra através das cortinas de tecido azul translúcido e ilumina as almofadas coloridas ao redor do leito de Sei. Ela está sentada no chão, escrevendo poemas na sua mesa baixa, ao lado da lamparina à óleo. Ouve os grilos da noite e isso lhe traz uma alegria sutil. Ouve um barulho como se alguém tivesse pisado no degrau da entrada, depois pensa ter se enganado. Sei sente seus longos e negros cabelos arrepiarem-se, mas decide controlar seu coração. Vemos a sombra de um ser que caminha com dificuldade, longos dedos de ossos que abrem a cortina azul. A cabeça alaranjada de um morto, a mandíbula e o alto do crânio de um laranja mais forte, como vários tons de carne podre, o branco dos olhos com nervuras vermelhas, órbitas negras. Um vapor fétido toma o lugar do aroma das cerejeiras.
O filho do demônio é um senhor cruel.
Os demônios estão com ele nas batalhas.
Afonso Lima
domingo, setembro 20, 2020
O despertar
O quarto meu. A casa com a qual viajo pelo universo.
Ninguém sabia que - quando o Senhor falou as palavras que despertaram o pobre Lázaro - João as havia anotado.
E João as escondeu da melhor forma possível, dentro de um pergaminho.
E eu descobri a verdade. Eu criei meu grupo de Amazonas.
E, agora que meu quarto está em chamas, eu consegui usar o que sei.
Elas recitam os versos sagrados.
As ruínas dos templos queimam ao lado dos ossos dos animais.
As covas se movem, tantos buracos com cruzes agora vivos.
E eles saíram na noite maldita para visitar seus queridos. Eles entraram nas casas e comeram o que havia na geladeia.
Eles comeram os gatos e os cachorros.
Eles seguiram até encontrar os pastores com as Bíblias abertas, os vereadores nos prostíbulos.
Eles acenderam o fogo com os corações ainda frescos.
Quero um futuro para minha casa. O próprio inferno abriu sua boca, porque os demônios gostam da luta, e não do silêncio.
Eu despertei 140 mil que dormiam, eles ouviram os gritos das Amazonas que voavam sobre a fumaça.
Agora, elas avançam para o Palácio com as vísceras na ponta das lanças.
*
Afonso Lima