A natureza é um templo de pilares vívidos
Que deixam sair confusas palavras
O homem andava em florestas de símbolos
Que com olhos familiares o olhavam
Como ecos que de longe se respondem
Na tenebrosa e profunda unidade
Vasta como a noite e como a claridade
Os perfumes, as cores e os sons se correspondem
Perfumes frescos como o corpo das crianças
Doces como o oboé, verdes ilhas perdidas
E outros, corrompidos, ricos e cheios de esperanças
Que tenham a expansão das coisas infinitas
Como o sândalo, o almíscar, a rosa e o incenso
Que cantam os transportes do espírito e dos sensos.
(versão Afonso Lima)
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