Trata-se
de dinheiro, duto de bilhões dos contribuintes dos Estados Unidos,
do petróleo do Iraque para corporações; abrir mercados com a
guerra. Eliminar a indústria do país, invasão de trabalhadores
estrangeiros, reconstrução com subcontratadas das subcontratadas
que não fazem nada direito, governo que significa entregar pacotes
de notas de cem dólares. Somente o que atinge fisicamente, os
nervos, pode levar à pensar.
Eles
eram uma raça inferior, repetiu o comandante. Eles não entendem a
democracia, ele disse. Eles gostam de empresas públicas ineficientes
e corruptas. Eles tinham medo que suas empresas fracassassem diante
da competição estrangeira. Vencem os melhores é uma lei biológica,
dizia nosso comandante. Mas parece que os trabalhadores daquela
fábrica se negaram a abandonar seus serviços. Agora não tinham
água tratada, eletricidade duas horas por dia, usando lenha para
cozinhar, um clérigo juntou desempregados para consertar as linhas
de telefone, instalar geradores, dirigir o tráfico. A iniciativa
privada comprou essa companhia, a primeira coisa que irá fez foi
reduzir o pessoal. Eles pensam se colocam fogo ou se explodem dentro.
Não será privatizada. Quatrocentos mil soldados demitidos com suas
armas. Cimento e trabalhadores importados, sem geradores para as
antigas empresas estatais que poderiam produzir. Empresariado
financiando a violência, porque suas fábricas acabaram.
Fecho
os olhos. Escuro. Por que agora? A educação-lixo, os políticos
fundamentalistas, oligarquias. O sistema de exclusão do Brasil, "Canções para Dias Difíceis" - Afonso Jr. Ferreira de Lima
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