AS
TRÊS ÖBIS
PARTE
PRIMEIRA
Os ratos brancos tinham usado todo o
Mithan mental que lhes restava para erguer uma muralha de pedras
altas ao redor de sua cidade. Mas agora, os guardas , o Demônio e as
valquírias avançavam.
Os ratos sentiam forte dor de cabeça
(usavam uma rede de fios negros sobre o corpo, com uma cabeça
raspada de onde saíam três tranças negras), causada pelas ondas de
vibração maléfica desses seres.
Os guardas, que costumavam pintar
com sangue seus corpos com desenhos de dragões e usavam uma tira de
couro negro na boca, para representar sua obediência ao Alafim, e
usavam a cabeça raspada, de onde saíam, na altura da nuca, amplos
cabelos vermelhos. Neles, prendiam ossos de dedos de animais, os
guardas erguiam agora com sua força mental enormes árvores
milenares do solo, incendiavam-nas e as arremessavam contra a
muralha.
As valquírias, armadas de chicotes
venenosos, esqueletos humanos da cintura para cima, que acabavam no
pescoço, e asas de morcego, acabadas por uma cabeça formada por um
cérebro vermelho, e vasos sanguíneos, que usavam na cintura cintos
de serpentes, iam agora próximas às muralhas, montadas em seus
cavalos alados, para levar terror aos seres frágeis que as podiam
observar, e colhiam os seres vivos que rastejavam na terra, para os
arremessarem do céu.
O demônio branco de três cabeças,
abria a terra com o movimento de sua cauda, e estremecia a terra com
seus gritos.
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Afonso Junior Ferreira de Lima
Porto Alegre, 2005
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