- Onde está seu crachá, perguntou o policial.
Ele desceu do ônibus na avenida, com seu carrinho cheio de latas de cerveja.
Mais de uma hora dentro do ônibus.
Puxou o peso escada acima e perguntou para um passante:
- Onde é a avenida do carnaval?
As barracas todas tinham a mesma cor no toldo.
Som elétrico, barbas de purpurina, homens-bailarina e moças que lhe olhavam com sorrisos.
Estava trabalhando.
O policial pegou no seu braço,
- Hei, seu polícia, o que que eu fiz?
- Não é registrado.
- E como eu ia saber disso? O senhor não pode me tratar assim.
- Eu posso lhe algemar.
- Vai me algemar porque estou vendendo cerveja?
Uma multidão de super-heróis, have havaianos s cerca os três.
A policial feminina o algema, ele reage, o homem quebra seu braço.
Uma mulher-maravilha grita:
- Vocês estão loucos?
A mercadoria é levada e o rapaz é deixado na calçada.
Afonso Lima
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