sábado, agosto 31, 2019
Istambul
Istambul eu a levo no peito
já não me cabe as ruínas
pitorescas nem o mar em brilho
num entardecer de oriente
Vazia alma sem centro
caminho pela névoa
pedra subida torres
as sombras de roupas velhas
o sol da pedra e o menino
solitário
Minha cidade tem o tempo agudo
imaginários bizarros
como metal afiado
a lama e o silêncio
do futuro
Minha terra se perdeu
triste poesia dos versos
um sertão de vida partida
já não me cabe meu caderno
sonha melancolia
Quem dera um dia minha gente
por desassossego
perguntasse para o céu
para a terra algo de meu
para a gente algo de nosso
Afonso Jr Lima
já não me cabe as ruínas
pitorescas nem o mar em brilho
num entardecer de oriente
Vazia alma sem centro
caminho pela névoa
pedra subida torres
as sombras de roupas velhas
o sol da pedra e o menino
solitário
Minha cidade tem o tempo agudo
imaginários bizarros
como metal afiado
a lama e o silêncio
do futuro
Minha terra se perdeu
triste poesia dos versos
um sertão de vida partida
já não me cabe meu caderno
sonha melancolia
Quem dera um dia minha gente
por desassossego
perguntasse para o céu
para a terra algo de meu
para a gente algo de nosso
Afonso Jr Lima
quarta-feira, agosto 28, 2019
O danúbio ao pôr do sol
A luz nas árvores, pelo verde sentam os amantes, as casas antigas coloridas e a arte nas barracas. Dois jovens no verão outonal.
Estamos caindo em um abismo, quero entender sua mente. Estou perdendo algo, um sonho de felicidade, um amanhã perfeito.
Nosso cair me remete ao presidente, no tempo dos jardins e dos instrumentos de correção.
Ele não pode viver consigo mesmo. O lobo branco o encara, trovão gélido, o pai total.
O céu azul que se transforma. Raio, intensamente não.
A água que nunca para, as fantasias de prazer mutantes.
Ele sente seu corpo se transformar, o anormal. Interrompe o sonho, vigia, os prazeres do dever.
A realidade irreal do crepúsculo, caminha no mundo cenário, as pessoas falsas, as sombras se movem como seres.
Peguei o caminho da criança inquietante, perdi você. Quero unir os opostos. Libertar-se do furacão de demandas, jornada em busca do todo-um criativo.
Escondido. O oculto da vida, concha em crescimento, vento da interação, luar espontâneo. Não são tão opostos o burguês do simbólico e o romântico platônico. Consigo rir no meu barril do medo do absoluto, o lugar fixo metafísico, a aparência. As palavras também passam.
Se, penso, a realidade da vida for a percepção, como adaptar-se ao estado inanimado, como lutar pela demolição da transmissão hereditária do simples, como as partículas fragmentadas da vida dormirão no isolamento?
O presidente observa a cidade mediterrânea que tem um mar congelado.
Eu vejo no escuro o soldado romano levado à julgamento, seu apetite não o tornaria pai.
Quero estudar o crânio em sua névoa germinativa, que forças o coagiram, a Até que anula o crime.
Vejo você bem e penso: é preciso defender a sociedade. Dois cavaleiros apontam pistolas na várzea do danúbio ao pôr do sol.
Sistema de controle esquizofrenia no declínio da democracia de exclusão.
Aurora da tirania é o sistema de controle do não-ser.
O parque. Uma bandeira suja de neve. A madeira apodrecida no Palácio da República cheia de estátuas incompreensíveis.
A melancolia. Eu saberia lidar com o fracasso, mas - e com o sucesso? Você sorri no retrato: respeitado, inteligente, um nome no livro dos dias, o meu eu não vivido.
Lhe escreveria: "Com batalhas, chorei, fui ferido, descobri muito, conheci o mundo, venci, seguimos." Eu sou o monstro incorrigível, alimento os órfãos sujos.
Não tenho nada, e é estranho que queiram receber.
O que mais?
Afonso Jr. Lima
Estamos caindo em um abismo, quero entender sua mente. Estou perdendo algo, um sonho de felicidade, um amanhã perfeito.
Nosso cair me remete ao presidente, no tempo dos jardins e dos instrumentos de correção.
Ele não pode viver consigo mesmo. O lobo branco o encara, trovão gélido, o pai total.
O céu azul que se transforma. Raio, intensamente não.
A água que nunca para, as fantasias de prazer mutantes.
Ele sente seu corpo se transformar, o anormal. Interrompe o sonho, vigia, os prazeres do dever.
A realidade irreal do crepúsculo, caminha no mundo cenário, as pessoas falsas, as sombras se movem como seres.
Peguei o caminho da criança inquietante, perdi você. Quero unir os opostos. Libertar-se do furacão de demandas, jornada em busca do todo-um criativo.
Escondido. O oculto da vida, concha em crescimento, vento da interação, luar espontâneo. Não são tão opostos o burguês do simbólico e o romântico platônico. Consigo rir no meu barril do medo do absoluto, o lugar fixo metafísico, a aparência. As palavras também passam.
Se, penso, a realidade da vida for a percepção, como adaptar-se ao estado inanimado, como lutar pela demolição da transmissão hereditária do simples, como as partículas fragmentadas da vida dormirão no isolamento?
O presidente observa a cidade mediterrânea que tem um mar congelado.
Eu vejo no escuro o soldado romano levado à julgamento, seu apetite não o tornaria pai.
Quero estudar o crânio em sua névoa germinativa, que forças o coagiram, a Até que anula o crime.
Vejo você bem e penso: é preciso defender a sociedade. Dois cavaleiros apontam pistolas na várzea do danúbio ao pôr do sol.
Sistema de controle esquizofrenia no declínio da democracia de exclusão.
Aurora da tirania é o sistema de controle do não-ser.
O parque. Uma bandeira suja de neve. A madeira apodrecida no Palácio da República cheia de estátuas incompreensíveis.
A melancolia. Eu saberia lidar com o fracasso, mas - e com o sucesso? Você sorri no retrato: respeitado, inteligente, um nome no livro dos dias, o meu eu não vivido.
Lhe escreveria: "Com batalhas, chorei, fui ferido, descobri muito, conheci o mundo, venci, seguimos." Eu sou o monstro incorrigível, alimento os órfãos sujos.
Não tenho nada, e é estranho que queiram receber.
O que mais?
Afonso Jr. Lima
segunda-feira, agosto 19, 2019
Memoria, esperanza y recreación
7 ago/2019
Demasiada tensión, es la invasión militar neoliberal, la destrucción del espacio público. Pasamos del agotamiento a la esperanza, pero "se desmoronan los reyes dorados".
La lucha de clases supremacía blanca por el dominio de los territorios y la sobreexplotación del trabajo. ¿Tendremos 200 millones de esclavos analfabetos y solo produciremos soja?
Con la estafa de luchar contra la "inmoralidad", toda violencia es posible.
Cortes y demolición:
"El Ministerio de Educación tiene 348,5 millones de reales bloqueados. El Ministerio de Economía tiene 282,6 millones de reales retenidos". (Ver)
El miedo como política. La desigualdad como plan.
El miedo se instala y se convierte en reacción instintiva, uno vota sobre el arma.
Tenemos políticos que aumentan la desigualdad y favorecen solo a los bancos y las grandes empresas.
La inseguridad genera más desigualdad y violencia.
Las iglesias acuden a Whatsapp, liberando a Brasil de la corrupción del "kit gay".
Para crear una postura de confrontación, para cerrar el diálogo, para evitar la reflexión, crearon el Instituto de Investigación y Estudios Sociales (IPES), fundado en 1961, en la era Jango.
La clase media asustada y aterradora votó, la propaganda de la lógica del miedo no responde a la lógica de los hechos, difícil.
Y la derecha afortunada es Gramscian, y la izquierda no.
Siempre hemos tenido varios focos de crisis, incluida la élite de la ley, la espada con adoctrinamiento imperial, la concentración de los medios.
Comenta el jurista Lenio Streck:
"Ministros, jueces, fiscales, redactores, abogados, pasantes, licenciados de todo tipo (hay alrededor de un millón y medio en Brasil), todos vinieron de un lugar común: la universidad. ¿Qué pasa? Las universidades van mal. La educación jurídica es muy mala porque no enseña derecho correctamente”.
Espejo, mi espejo, ¿cuál es la diferencia entre el periodista Merval y el general Heleno, de la reserva y actuando en el gobierno?
"El general Augusto Heleno, en su entrevista con GloboNews, dijo que Jair Bolsonaro ha liberado a Brasil de una 'gran calamidad' ... Esta desconfianza en el Partido dos Trabalhadores se debe a hechos concretos". (Merval Pereira)
Escucho la campaña de la Asociación Gaucha de Radiodifusoras de Radio y Televisión, repetida una y otra vez en las radios de Rio Grande do Sul, que dice "cada segundo, el crimen aumenta".
En la entrevista radial del mismo Agert: "¿La seguridad y la privatización serán el foco de Marcel Van Hattem, el diputado federal más votado por RS"? O todavía:
"Tenemos la necesidad de combinar una agenda extremadamente liberal, con el fin de eliminar del Estado las funciones que no deberían ser suyas, sino también sociales, para garantizar la seguridad pública para todos y garantizar los derechos básicos."
Su partido, Novo, también aboga por la reforma del sistema de pensiones. (Qué es antes de 1930)
¿Por qué esta campaña contra el crimen parece estar tan estrechamente vinculada al proyecto político de derecha? Van Hattem llamó a los sindicalistas "burgueses" y "fascistas".
Lasier Martins es otra historia de amor entre la televisión y el movimiento reaccionario.
"El 7 de octubre de 2013, anunció su renuncia al Grupo RBS para postularse para un escaño en el Senado en las elecciones de 2014". (Wikipedia)
"Un total de cinco proyectos del Senador Lasier Martins (Somos / RS) en curso en el Senado Federal cumplen con los puntos centrales del plan contra el crimen anunciado por el Ministro de Justicia y Seguridad Pública, Sergio Moro".
El paquete de balas, llamado "baño de sangre".
En las décadas de 1920 y 1930, el ejército fue un motor de cambio en el status quo oligárquico de de las provincias de Minas e São Paulo. El fraude electoral en la Primera República (1889 -1930) hizo que los lugartenientes y Getúlio Vargas quisieran "un proyecto de domesticación de las oligarquías". (Marieta de Moraes Ferreira)
Pero después de eso, estaba la Guerra Fría, el "Brasil patio trasero ideológico" posterior a Vietnam.
Y ahora si hubo:
"Augusto Heleno declaró que la Ley Institucional No. 5 (AI-5), emitida por la dictadura en 1968, era necesaria. El ex presidente Juscelino Kubitschek fue arrestado al abandonar el Teatro Municipal de Río en la misma noche de AI-5. "
Parece que la jerarquía está por encima de todo, general sobre cadete, Federação das Indústrias sobre al trabajador. (Y según tengo entendido, no hay otra forma de "aumentar la competitividad" que la nueva esclavitud).
El efecto burbuja de pensamiento de una sociedad desigual - burbujea en la universidad, los medios de comunicación, la clase media gerente - se multiplica en este ambiente de disciplina, tradición y formación permanente del cuerpo unitario.
Ya en las elecciones se vio que el Club Militar clasificó al Poder Judicial brasileño como "corporativo y fuera de contacto con la realidad brasileña". Lenio Streck recordó que en el mismo documento, el club llama a la élite empresarial y política "mediocre".
El Ejército es parte de la nación y defiende sus intereses, desempeñando un papel clave en la ingeniería y organización de estrategias nacionales, pero necesitamos revisar las tradiciones que han perdido su tiempo. Si la represión genera todo tipo de abuso y ventajas económicas corruptas, la paranoia anticomunista y el fin de la propiedad privada ya no amenazan cuando la inversión pública está en juego. Ya no es posible pensar que lo mejor siempre proviene del proyecto del 1%.
Flávio Tavares, en una entrevista, recuerda su liberación en 1969:
"El ejército de ultraderecha, 60 paracaidistas, quería invadir la base y secuestrarnos y dispararnos".
Creado para "vigilar el peligro autoritario", el SNI (Serviço Nacional de Informações) se ha convertido en una tiranía preventiva.
"La Brigada de Paracaidismo siempre ha proporcionado personal para la comunidad de inteligencia". (MPF)
Estamos viendo lo que el grupo represor puede generar en términos de inestabilidad. ¿Quién invertirá en este caos de Economía de Twitter?
¿Qué pasa si el superior ha perdido la cabeza? Formado hace mucho tiempo.
"En la Academia Militar de Agujas Negras (AMAN), los cadetes continuaron aprendiendo en los planes de estudio de entrenamiento los mismos temas del período de la Guerra Fría que moldearon la mentalidad de los militares ... Y curiosamente, los planes de estudio apenas han cambiado, tanto que Emílio Garrastazu Médici ya ha sido nominado como patrocinador de los graduados de AMAN ".
La escena del presidente que firma algo sumiso con el presidente estadounidense detrás de él es vergonzosa.
A menos que sea parte de una toma de territorio por la supremacía blanca gringa.
"En palabras del ex presidente Lula da Silva, el ALCA representaría una 'anexión' de las economías de América Latina y el Caribe por parte de Estados Unidos ... El acuerdo de libre comercio podría ser, para nosotros, la corona de este movimiento reaccionario en el plan económico. El imperio está cosechando los laureles del golpe ... " (Periodista Umberto Martins)
La injusticia es fabricada, legislada, oculta y protegida por la espada.
Paranoia implantada. El fin de la democracia a través de la manipulación masiva ampliada.
"En palabras de Cambridge Analytica, el santo grial de la comunicación es obtener modificaciones de comportamiento de los usuarios de las redes sociales". (Liana Cirne Lins)
El mercado bancario ha aumentado su aprobación (55%), mientras que la población se vuelve loca por la brutalidad.
Alguien ha dicho que deben invadir el Amazonas para salva-la, después de que nuestros jueces fueron a estudiar al extranjero, y el petróleo fue espiado. Adentro, nos despertamos hoy en 1917. Y viene más de-formación ("reformas"):
"Los ingresos de las ganancias y los dividendos se benefician de la exención de impuestos, favoreciendo la cima de la pirámide. Todavía no hemos regulado el Gran Impuesto de la Fortuna previsto en la Constitución desde 1988 ... Por lo tanto, lo importante es disipar la idea errónea de que reformar los impuestos significaría reducir los impuestos. No, para nada. El sistema de organización social y económica previsto en nuestra Constitución es una garantía mínima de vida digna para la mayoría de nuestra población (Paulo Kliass)
Vemos el avance de la agenda elitista y una reacción de la sociedad civil para defender la vida: los pueblos indígenas, los jóvenes de la periferia, el recuerdo de los muertos, las instituciones.
La esperanza nunca muere.
https://afonsojunior.blogspot.com/2019/08/memoria-esperanca-e-recriacao.html
Demasiada tensión, es la invasión militar neoliberal, la destrucción del espacio público. Pasamos del agotamiento a la esperanza, pero "se desmoronan los reyes dorados".
La lucha de clases supremacía blanca por el dominio de los territorios y la sobreexplotación del trabajo. ¿Tendremos 200 millones de esclavos analfabetos y solo produciremos soja?
Con la estafa de luchar contra la "inmoralidad", toda violencia es posible.
Cortes y demolición:
"El Ministerio de Educación tiene 348,5 millones de reales bloqueados. El Ministerio de Economía tiene 282,6 millones de reales retenidos". (Ver)
El miedo como política. La desigualdad como plan.
El miedo se instala y se convierte en reacción instintiva, uno vota sobre el arma.
Tenemos políticos que aumentan la desigualdad y favorecen solo a los bancos y las grandes empresas.
La inseguridad genera más desigualdad y violencia.
Las iglesias acuden a Whatsapp, liberando a Brasil de la corrupción del "kit gay".
Para crear una postura de confrontación, para cerrar el diálogo, para evitar la reflexión, crearon el Instituto de Investigación y Estudios Sociales (IPES), fundado en 1961, en la era Jango.
La clase media asustada y aterradora votó, la propaganda de la lógica del miedo no responde a la lógica de los hechos, difícil.
Y la derecha afortunada es Gramscian, y la izquierda no.
Siempre hemos tenido varios focos de crisis, incluida la élite de la ley, la espada con adoctrinamiento imperial, la concentración de los medios.
Comenta el jurista Lenio Streck:
"Ministros, jueces, fiscales, redactores, abogados, pasantes, licenciados de todo tipo (hay alrededor de un millón y medio en Brasil), todos vinieron de un lugar común: la universidad. ¿Qué pasa? Las universidades van mal. La educación jurídica es muy mala porque no enseña derecho correctamente”.
Espejo, mi espejo, ¿cuál es la diferencia entre el periodista Merval y el general Heleno, de la reserva y actuando en el gobierno?
"El general Augusto Heleno, en su entrevista con GloboNews, dijo que Jair Bolsonaro ha liberado a Brasil de una 'gran calamidad' ... Esta desconfianza en el Partido dos Trabalhadores se debe a hechos concretos". (Merval Pereira)
Escucho la campaña de la Asociación Gaucha de Radiodifusoras de Radio y Televisión, repetida una y otra vez en las radios de Rio Grande do Sul, que dice "cada segundo, el crimen aumenta".
En la entrevista radial del mismo Agert: "¿La seguridad y la privatización serán el foco de Marcel Van Hattem, el diputado federal más votado por RS"? O todavía:
"Tenemos la necesidad de combinar una agenda extremadamente liberal, con el fin de eliminar del Estado las funciones que no deberían ser suyas, sino también sociales, para garantizar la seguridad pública para todos y garantizar los derechos básicos."
Su partido, Novo, también aboga por la reforma del sistema de pensiones. (Qué es antes de 1930)
¿Por qué esta campaña contra el crimen parece estar tan estrechamente vinculada al proyecto político de derecha? Van Hattem llamó a los sindicalistas "burgueses" y "fascistas".
Lasier Martins es otra historia de amor entre la televisión y el movimiento reaccionario.
"El 7 de octubre de 2013, anunció su renuncia al Grupo RBS para postularse para un escaño en el Senado en las elecciones de 2014". (Wikipedia)
"Un total de cinco proyectos del Senador Lasier Martins (Somos / RS) en curso en el Senado Federal cumplen con los puntos centrales del plan contra el crimen anunciado por el Ministro de Justicia y Seguridad Pública, Sergio Moro".
El paquete de balas, llamado "baño de sangre".
En las décadas de 1920 y 1930, el ejército fue un motor de cambio en el status quo oligárquico de de las provincias de Minas e São Paulo. El fraude electoral en la Primera República (1889 -1930) hizo que los lugartenientes y Getúlio Vargas quisieran "un proyecto de domesticación de las oligarquías". (Marieta de Moraes Ferreira)
Pero después de eso, estaba la Guerra Fría, el "Brasil patio trasero ideológico" posterior a Vietnam.
Y ahora si hubo:
"Augusto Heleno declaró que la Ley Institucional No. 5 (AI-5), emitida por la dictadura en 1968, era necesaria. El ex presidente Juscelino Kubitschek fue arrestado al abandonar el Teatro Municipal de Río en la misma noche de AI-5. "
Parece que la jerarquía está por encima de todo, general sobre cadete, Federação das Indústrias sobre al trabajador. (Y según tengo entendido, no hay otra forma de "aumentar la competitividad" que la nueva esclavitud).
El efecto burbuja de pensamiento de una sociedad desigual - burbujea en la universidad, los medios de comunicación, la clase media gerente - se multiplica en este ambiente de disciplina, tradición y formación permanente del cuerpo unitario.
Ya en las elecciones se vio que el Club Militar clasificó al Poder Judicial brasileño como "corporativo y fuera de contacto con la realidad brasileña". Lenio Streck recordó que en el mismo documento, el club llama a la élite empresarial y política "mediocre".
El Ejército es parte de la nación y defiende sus intereses, desempeñando un papel clave en la ingeniería y organización de estrategias nacionales, pero necesitamos revisar las tradiciones que han perdido su tiempo. Si la represión genera todo tipo de abuso y ventajas económicas corruptas, la paranoia anticomunista y el fin de la propiedad privada ya no amenazan cuando la inversión pública está en juego. Ya no es posible pensar que lo mejor siempre proviene del proyecto del 1%.
Flávio Tavares, en una entrevista, recuerda su liberación en 1969:
"El ejército de ultraderecha, 60 paracaidistas, quería invadir la base y secuestrarnos y dispararnos".
Creado para "vigilar el peligro autoritario", el SNI (Serviço Nacional de Informações) se ha convertido en una tiranía preventiva.
"La Brigada de Paracaidismo siempre ha proporcionado personal para la comunidad de inteligencia". (MPF)
Estamos viendo lo que el grupo represor puede generar en términos de inestabilidad. ¿Quién invertirá en este caos de Economía de Twitter?
¿Qué pasa si el superior ha perdido la cabeza? Formado hace mucho tiempo.
"En la Academia Militar de Agujas Negras (AMAN), los cadetes continuaron aprendiendo en los planes de estudio de entrenamiento los mismos temas del período de la Guerra Fría que moldearon la mentalidad de los militares ... Y curiosamente, los planes de estudio apenas han cambiado, tanto que Emílio Garrastazu Médici ya ha sido nominado como patrocinador de los graduados de AMAN ".
La escena del presidente que firma algo sumiso con el presidente estadounidense detrás de él es vergonzosa.
A menos que sea parte de una toma de territorio por la supremacía blanca gringa.
"En palabras del ex presidente Lula da Silva, el ALCA representaría una 'anexión' de las economías de América Latina y el Caribe por parte de Estados Unidos ... El acuerdo de libre comercio podría ser, para nosotros, la corona de este movimiento reaccionario en el plan económico. El imperio está cosechando los laureles del golpe ... " (Periodista Umberto Martins)
La injusticia es fabricada, legislada, oculta y protegida por la espada.
Paranoia implantada. El fin de la democracia a través de la manipulación masiva ampliada.
"En palabras de Cambridge Analytica, el santo grial de la comunicación es obtener modificaciones de comportamiento de los usuarios de las redes sociales". (Liana Cirne Lins)
El mercado bancario ha aumentado su aprobación (55%), mientras que la población se vuelve loca por la brutalidad.
Alguien ha dicho que deben invadir el Amazonas para salva-la, después de que nuestros jueces fueron a estudiar al extranjero, y el petróleo fue espiado. Adentro, nos despertamos hoy en 1917. Y viene más de-formación ("reformas"):
"Los ingresos de las ganancias y los dividendos se benefician de la exención de impuestos, favoreciendo la cima de la pirámide. Todavía no hemos regulado el Gran Impuesto de la Fortuna previsto en la Constitución desde 1988 ... Por lo tanto, lo importante es disipar la idea errónea de que reformar los impuestos significaría reducir los impuestos. No, para nada. El sistema de organización social y económica previsto en nuestra Constitución es una garantía mínima de vida digna para la mayoría de nuestra población (Paulo Kliass)
Vemos el avance de la agenda elitista y una reacción de la sociedad civil para defender la vida: los pueblos indígenas, los jóvenes de la periferia, el recuerdo de los muertos, las instituciones.
La esperanza nunca muere.
https://afonsojunior.blogspot.com/2019/08/memoria-esperanca-e-recriacao.html
quinta-feira, agosto 15, 2019
quarta-feira, agosto 14, 2019
Reflexões sobre a doxa total no pacote da bala
As audiências públicas da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) que questionam os projetos de lei sobre questões penais enviados pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, - o tal "pacote anticrime" - não tiveram acolhida dos senadores, apesar de inúmeros especialistas presentes. O senador Humberto Costa (PT-PE) apresentara requerimento.
Por que não damos atenção à questão da segurança?
Por que não damos atenção à questão da segurança?
Políticos parecem interditar o diálogo com a sociedade.
A democracia precisa basear-se na melhor solução; ela contraria, muitas vezes, o senso comum, a doxa (opinião corrente), a desinformação baseada em preconceitos e medo. Existe a eterna batalha entre o que é correto - e permanece -e o que parece correto - e emociona. Quem pode ser "pelo crime?"
Podemos perguntar, quais os ganhos políticos do pacote nesse momento de pânico frente ao número da homicídios?
Quais os custos políticos de se deixar levar pela onda e aprovar sem debate um projeto que dá "licença para matar?"
Qual o papel da mídia na criação de uma sensação de "caos" que rebaixa o debate sobre direitos humanos? Estamos diante de uma indústria da insegurança?
A quem interessa o controle e uma sociedade punitivista?
O próprio ministro argumentou que o pacote não era para professores de Direito. Será apenas para a (abandonada) massa?
Podemos ter apenas um código penal Datena?
Ao mesmo tempo, como ouvir a demanda legítima atrás do pânico e da indignação? Como solucionar o problema da segurança pública?
A verdade é - sim - que o investimento é baixo e os policiais ganham muito pouco. Em alguns casos, a atividade de fim de semana, o "bico" na porta do mercadinho, parece ter influenciado até mesmo na ideia de formação de milícias. É verdade que existe uma raiva justificada contra até mesmo governos de centro-direita, como o PSDB, que abandonaram o agente de segurança.
É como se o policial pensasse que, agora, diante da indignidade do permanente arrocho e da suposta "corrupção da esquerda", deve tomar o poder.
Como articular as necessidades de todos e evitar que inocentes sofram para ganhos políticos?
Recebi recentemente uma horrível fake news em que o "assassino de Marielle" era retratado como sendo "Negão macaco". Claramente, temos forças operando para ampliar o racismo e o punitivismo.
Que reflexos pode ter tal ausência de complexidade num ambiente de "política do inimigo" e pouco diálogo por parte do Executivo?
Método "pelo bem maior?" A repressão ao progresso e desejo de mais igualdade dos anos 1960 foi justificada como luta "contra o comunismo". Inclusive com técnicas de tortura usadas contra a luta anti-imperialista na Argélia para destruir redes "terroristas" e para prevenir a "luta armada".
Algumas manchetes recentes:
Para Bolsonaro, 'grupo terrorista' matou pai do presidente da OAB (G1)
O hackeamento do presidente Bolsonaro pode ser julgado como terrorismo? (BBC)
O presidente Jair Bolsonaro acusou os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff de trazer terroristas e ladrões ao Brasil (R7)
Bolsonaro quer classificar movimentos sociais como terroristas (PT)
PF vai apurar suposta ameaça de atentado terrorista na posse de Bolsonaro
No Twitter, Eduardo Bolsonaro defendeu neste domingo a criação de leis mais duras para a imigração e o combate ao terrorismo. (O Antagonista)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) está na mira do novo presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), que promete tratar o grupo, um dos maiores e mais articulados de toda a América Latina, como uma "organização terrorista". (El País)
Lei de Segurança Nacional - Filho de Bolsonaro sugere aplicação de lei da ditadura por vazamento de mensagens (Rede Brasil Atual)
A formação técnica pode dar um viés unilateral às propostas? Interessante notar que o relator do Projeto de Lei n° 1864, de 2019, Senador Marcos do Val, ministrou cursos para agentes do FBI, DEA, U.S. Marshalls, o grupo anti-terrorismo da equipe de Operações Especiais da NASA.
Ao mesmo tempo, o terrorismo pode surgir de propaganda de supremacia branca que está disponível livremente online, em sites como “Stormfront.org”:
“Defensores solitários da supremacia branca representam a ameaça terrorista doméstica mais significante devido ao seu perfil e sua autonomia”, disse um relatório do Departamento de Segurança Interna emitido em 2009." (NYT, 2015)
Em termos mundiais, no fim do século XIX e no século XX, se viu a maior participação das populações na política (antes, aristocrática) e oportunidades de desenvolvimento dos grupos excluídos, "aumento do proletariado e das classes médias assalariadas... o acesso crescente ao ensino superior, além da incapacidade do poder constituído para representar sociedades que se renovavam". (Antunes e Ridenti, 2007)
No Brasil, as manifestações sindicais e estudantis afloraram depois do golpe de 1964:
"Eles reivindicavam ensino público e gratuito para todos, uma reforma que democratizasse o ensino superior e melhorasse sua qualidade, com maior participação estudantil nas decisões, mais verbas para pesquisa – voltada para resolver os problemas econômicos e sociais do Brasil..." (idem)
2019. A sociedade brasileira está com raiva. Não foram apresentadas claramente duas propostas de governo, caixa 2 dos empresários nas sombras ("R$ 12 milhões em cada contrato"), campanhas "personalizadas" pelo Whatsapp fomentaram uma certeza fanática.
O clima parece se repetir, com legislações autoritárias que simulam democracia:
"Entre as críticas da campanha 'Pacote anticrime: uma solução fake', as quais serão detalhadas no ato público do dia 15/08, estão: penas desproporcionais para crime de resistência; esvaziamento das audiências de custódia; desvirtuamento do instituto da legítima defesa; visitas sem contato físico; aumento das possibilidades de decretação de prisão preventiva em crimes menos graves e sem violência, falta de critérios para a progressão de regime." (Campanha “Pacote anticrime: uma solução fake”)
Segurança e paz, lei e progresso, trabalho e justiça são faces do mesmo sonho. Podemos repetir um pesadelo colonial criminalizando metade da população e jogando irmão contra irmão em nome da falsa paz? Podemos condenar (e matar) inocentes em nome da defesa da propriedade?
A Doutrina de Segurança Nacional (DSN), elaborada na Escola Superior de Guerra desde os anos 1950, alimentada por cursos com os norte-americanos, gerou em 1968 a Lei de Segurança Nacional, que previa "combater qualquer espécie de revolta popular contra o regime imposto pelo direito da força" (Brasil Nunca Mais, Arquidiocese de São Paulo, 1985).
Ataque ao pensamento divergente - extermínio do diferente.
Ataque ao pensamento divergente - extermínio do diferente.
"Fortemente repressiva contra o movimento sindical, operário e popular, a ditadura militar brasileira decretou a ilegalidade de todos os partidos políticos, criando somente dois oficiais. Interveio em diversos sindicatos, proibiu a deflagração de greves, decretou a ilegalidade do CGT (Central Geral dos Trabalhadores), da UNE (União Nacional dos Estudantes), dos PCB e demais partidos de esquerda, iniciando-se um período difícil para o movimento operário no Brasil. " (idem)
Temos ataques a todas as instituições - Congresso com bate-boca e atropelo, desinvestimento das universidades para ficar sem crítica, fim de órgãos de avaliação como IBGE e Inep, serviços públicos e seguridade social vistos como inimigos - e, sem instituições, como diz Hannah Arendt, fica só a vontade do líder. O líder é o poder econômico pleno.
Temos ataques a todas as instituições - Congresso com bate-boca e atropelo, desinvestimento das universidades para ficar sem crítica, fim de órgãos de avaliação como IBGE e Inep, serviços públicos e seguridade social vistos como inimigos - e, sem instituições, como diz Hannah Arendt, fica só a vontade do líder. O líder é o poder econômico pleno.
O capital precisa de um capitão que reprima o desejo de mudança? Vamos repetir o terror?
Fontes:
Brasil Nunca Mais, Arquidiocese de São Paulo, Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 1985.
Campanha “Pacote anticrime: uma solução fake” - IBCCRIM e outras 70 entidades. Divulgação.
Escadrons de la mort l'école française - Disponível em:
"O pacote anticrime proposto de Moro é patético”. Podcast Cafezinho. Entrevista com Jacqueline Muniz. Disponível em:
Ricardo Antunes e Marcelo Ridenti - Mediações • v. 12, n. 2, p. 78-89, Jul/Dez. 2007
Defensores da supremacia branca ampliam alcance através de sites. New York Times/ O Globo. Disponível em:: <https://oglobo.globo.com/mundo/defensores-da-supremacia-branca-ampliam-alcance-atraves-de-sites-16693565> Acesso: 14 de ago 2019.
segunda-feira, agosto 12, 2019
desobediencia (ESP)
En la oscuridad de la noche, y el sótano siempre estaba totalmente a oscuras, hubo un grito de mujer. La milicia estaba llevando a alguien al calabozo. Buscan escritos secretos, armas. Los hombres no dormían. El ejército se había ido. Las milicias luchan en el suelo, los niños juegan en el sótano.
La niña fue a la escuela sin zapatos. Ya era bastante difícil conseguir agua. Una mujer mayor le dio una caja a su madre.
- Mi nieta murió con un misil.
Ella creció leyendo con la luz que pudo, caminando entre los restos. Su padre la enseñó a disparar.
A los catorce años, mientras caminaba por los cementerios, descubrió la cripta de un santo antiguo. Cerca de un jardín ahora desierto. La luz entraba a través de claraboyas de colores. Decidió quedarse allí.
Su madre trajo comida. Ella estaba acostada. Su madre se acostó.
Poco a poco la guerra ha terminado. Alguien ha ganado. La orden. El bosque estaba creciendo. Ella creció.
El se enteró de la cripta.
La niña que tenía los zapatos de su hermana.
Rodilla en la arena, la miró a través del cristal tintado.
Tocó su flauta cerca.
Tocó con tres lunas.
Caminaron por los jardines. Ella le enseñó a leer.
Ella lo besó.
Afonaso Jr. Ferreira de Lima
La niña fue a la escuela sin zapatos. Ya era bastante difícil conseguir agua. Una mujer mayor le dio una caja a su madre.
- Mi nieta murió con un misil.
Ella creció leyendo con la luz que pudo, caminando entre los restos. Su padre la enseñó a disparar.
A los catorce años, mientras caminaba por los cementerios, descubrió la cripta de un santo antiguo. Cerca de un jardín ahora desierto. La luz entraba a través de claraboyas de colores. Decidió quedarse allí.
Su madre trajo comida. Ella estaba acostada. Su madre se acostó.
Poco a poco la guerra ha terminado. Alguien ha ganado. La orden. El bosque estaba creciendo. Ella creció.
El se enteró de la cripta.
La niña que tenía los zapatos de su hermana.
Rodilla en la arena, la miró a través del cristal tintado.
Tocó su flauta cerca.
Tocó con tres lunas.
Caminaron por los jardines. Ella le enseñó a leer.
Ella lo besó.
Afonaso Jr. Ferreira de Lima
domingo, agosto 11, 2019
disobedience
In the darkness of the night - and the cellar was always totally dark - there was a woman's scream. The militia was taking someone to the dungeon. They are looking for secret writings, weapons. The men did not sleep. The army was gone. Militias fight on the ground, children play in the basement.
The girl went to school without shoes. It was hard enough getting water. An elderly woman gave her mother a box.
- My granddaughter died with a missile.
She grew up reading with the light she could, walking through the wreckage. Her father taught her to shoot.
At fourteen she was walking through the cemeteries, she discovered a crypt of an ancient saint. Near a garden now deserted. The light came in through colored skylights. He decided to stay there.
His mother brought food. She was lying down. Her mother lay down.
Gradually the war is over. Someone has won. The order. The forest was growing. She grew up.
He heard about the crypt girl.
The girl who had his sister's shoes.
Knee in the sand, he watched her through the tinted glass.
He played his flute nearby.
He played it with three moons.
They walked through the gardens. She taught him to read.
She kissed him.
Afonaso Jr. Ferreira de Lima
The girl went to school without shoes. It was hard enough getting water. An elderly woman gave her mother a box.
- My granddaughter died with a missile.
She grew up reading with the light she could, walking through the wreckage. Her father taught her to shoot.
At fourteen she was walking through the cemeteries, she discovered a crypt of an ancient saint. Near a garden now deserted. The light came in through colored skylights. He decided to stay there.
His mother brought food. She was lying down. Her mother lay down.
Gradually the war is over. Someone has won. The order. The forest was growing. She grew up.
He heard about the crypt girl.
The girl who had his sister's shoes.
Knee in the sand, he watched her through the tinted glass.
He played his flute nearby.
He played it with three moons.
They walked through the gardens. She taught him to read.
She kissed him.
Afonaso Jr. Ferreira de Lima
desobediência
Na escuridão da noite - e o porão era sempre totalmente escuro - ouvia-se o grito de alguma mulher. A milícia levava alguém para o calabouço. Procuram escritos secretos, armas. Os homens não dormiam. O exército fora embora. As milícias brigam no chão, as crianças brincam no porão.
A menina ia para a escola sem sapatos. Já era bem difícil conseguir água. Uma mulher idosa deu a sua mãe uma caixa.
- Minha neta morreu com um míssel.
Ela cresceu lendo com a luz que conseguia, caminhando pelos destroços. Seu pai a ensinou a atirar.
Aos quatorze anos andava pelos cemitérios, descobriu uma cripta de um antigo santo. Próximo de um jardim agora deserto. A luz entrava por claraboias coloridas. Resolveu ficar ali.
Sua mãe levava comida. Ela ficava deitada. Sua mãe ficou deitada.
Aos poucos, a guerra acabou. Alguém venceu. A ordem. A mata estava crescendo. Ela cresceu.
Ele ouviu sobre a menina da cripta.
A menina que tinha os sapatos de sua irmã.
Joelho na areia, a observou pelo vidro colorido.
Ele tocou sua flauta por perto.
Tocou com três luas.
Eles caminharam pelos jardins. Ela o ensinou a ler.
Ela o beijou.
Afonaso Jr. Ferreira de Lima
A menina ia para a escola sem sapatos. Já era bem difícil conseguir água. Uma mulher idosa deu a sua mãe uma caixa.
- Minha neta morreu com um míssel.
Ela cresceu lendo com a luz que conseguia, caminhando pelos destroços. Seu pai a ensinou a atirar.
Aos quatorze anos andava pelos cemitérios, descobriu uma cripta de um antigo santo. Próximo de um jardim agora deserto. A luz entrava por claraboias coloridas. Resolveu ficar ali.
Sua mãe levava comida. Ela ficava deitada. Sua mãe ficou deitada.
Aos poucos, a guerra acabou. Alguém venceu. A ordem. A mata estava crescendo. Ela cresceu.
Ele ouviu sobre a menina da cripta.
A menina que tinha os sapatos de sua irmã.
Joelho na areia, a observou pelo vidro colorido.
Ele tocou sua flauta por perto.
Tocou com três luas.
Eles caminharam pelos jardins. Ela o ensinou a ler.
Ela o beijou.
Afonaso Jr. Ferreira de Lima
quarta-feira, agosto 07, 2019
Memória, esperança e recriação
Muita tensão, é a invasão militar neoliberal, destruição do espaço público. Vamos da exaustão à esperança, mas desmoronam os reis de ouro.
Guerra de classes da supremacia branca pelo domínio dos territórios e superexploração do trabalho. Vamos ter 200 milhões de escravizados analfabetos e só produzir soja?
Com a farsa do combate à "imoralidade", todas as violências são possíveis.
Cortes e demolição:
"Em segundo lugar, vem o Ministério da Educação, com 348,5 milhões de reais bloqueados. Em terceiro, está o Ministério da Economia, com 282,6 milhões de reais retidos." (Veja)
O medo como política. A desigualdade como plano.
O medo é instalado e se torna reação instintiva, vota-se na arma.
Temos políticos que aumentam a desigualdade e favorecem apenas os bancos e altos negócios.
A insegurança gera mais desigualdade e violência.
Igrejas arrebanham pelo Whatsapp, libertando o Brasil da corrupção do "kit gay".
Para criar postura de enfrentamento, fechar o diálgo, impedir a reflexão, criaram o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), fundado 1961, na era Jango.
A classe média assustada e assustadora votou, a propaganda da lógica do medo não responde à lógica dos fatos, difícil.
E a direita afortunada é gramsciana, e a esquerda não.
Desde sempre temos vários focos de crise, entre eles, a elite da lei, a espada com a doutrinação imperial, a concentração da mídia.
Comenta o jurista Lenio Streck:
"Ministros, juízes, promotores, rábulas, advogados, estagiários, bacharéis dos mais variados (tem cerca de um milhão e meio no Brasil), todos eles vieram de um lugar comum: a faculdade. Qual é o problema? As faculdades vão mal. O ensino jurídico vai muito mal porque ele não ensina direito o Direito”.
Espelho, espelho meu, qual a diferença entre Merval e Heleno?
"O general Augusto Heleno, em sua entrevista à GloboNews, disse que Jair Bolsonaro livrou o Brasil de uma 'grande calamidade'... Essa desconfiança em relação ao PT se deve a fatos concretos." (Merval Pereira)
Ouço a campanha da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão - repetida sem parar nas rádios do RS - que diz "a cada segundo, a criminalidade aumenta".
Na entrevista na rádio da mesma Agert: "Segurança e privatizações serão os focos de Marcel Van Hattem, deputado federal mais votado do RS"? Ou ainda:
"Temos essa necessidade de aliar uma pauta extremamente liberal, no sentido de tirar do Estado as funções que não deveriam ser dele, mas também social, de garantir segurança publica para todos para que os direitos básicos sejam garantidos.
Seu partido, Novo, também defende a reforma da Previdência.
Por que essa campanha sobre criminalidade me parece muito ligada ao projeto político da direita? Van Hattem chamou sindicalistas de “burgueses” e “fascistas”.
Lasier Martins é outro caso de amor entre TV e movimento reacionário.
"Em 7 de outubro de 2013, anunciou seu desligamento do Grupo RBS para concorrer a uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2014". (Wikipédia)
"Um total de cinco projetos de autoria do senador Lasier Martins (Podemos/RS) em tramitação no Senado Federal vão ao encontro de pontos centrais do plano anticrime anunciado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro."
O pacote da bala, chamado de "banho de sangue".
Na década de 20 e 30, o exército foi um propulsor de mudança do status quo oligárquico Minas-São Paulo. As fraudes eleitorais de Primeira República fizeram os tenentes e Vargas desejarem "um projeto de domesticação das oligarquias". (Marieta de Moraes Ferreira)
Mas, depois disso, houve o "Brasil quintal ideológico" pós-Vietnã.
E agora se houve:
"Augusto Heleno, declarou que o Ato Institucional nº 5 (AI-5), baixado pela ditadura em 1968, foi necessário. O ex-presidente Juscelino Kubitschek foi preso ao sair do Teatro Municipal do Rio, na própria noite do AI-5."
Já nas eleições se viu que o Clube Militar classificou o Poder Judiciário brasileiro como “corporativista e destoado da realidade brasileira”. Lenio Streck lembrou que no mesmo documento, o tal clube chama a elite empresarial e política de “medíocre”...
O Exército é parte da nação e defende seus interesses, tendo um papel fundamental na engenharia e organização de estratégias nacionais, mas é preciso rever as tradições que perderam seu tempo. Se a repressão gera todo tipo de abuso e vantagens econômicas corruptas, a paranoia anticomunista e o fim da propriedade privada já não ameaçam quando o próprio investimento público é o que está em pauta. Já não é possível pensar que o melhor vem sempre do projeto do 1%.
Flávio Tavares, em entrevista, lembra de sua libertação em 1969:
"A ultra direita militar, 60 paraquedistas, queriam invadir a base e nos sequestrar e fuzilar."
Criado para "vigiar o perigo autoritário", o SNI se tornou tirania preventiva.
"A Brigada Paraquedista sempre forneceu quadros para os órgãos da comunidade de informações." (MPF)
Estamos vendo o que o grupo repressor pode gerar em termos de instabilidade. Quem vai investir nesse caos de economia pelo Twitter?
E se o superior perdeu a razão? Formado há muito tempo.
"Na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), os cadetes continuaram a aprender nos currículos de formação as mesmas matérias do período da Guerra Fria, que moldaram a mentalidade dos militares... E por incrível que pareça, os currículos praticamente não mudaram, tanto assim que Médici já foi indicado como patrono de formandos da AMAN."
A cena do presidente assinando submisso algo com o presidente americano em pé atrás dele é constrangedora.
A menos que seja parte de uma tomada do território pela supremacia branca gringa.
"Nas palavras do ex-presidente Lula, a Alca representaria uma “anexação” das economias latino-americanas e caribenhas pelos Estados Unidos... O acordo de livre comércio pode ser, para nós, o coroamento deste movimento reacionário no plano econômico. O império está colhendo os louros do golpe..." (Jornalista Umberto Martins)
Ele assina: a injustiça é fabricada, legislada, escondida, e protegida pela espada.
Paranoia implantada. O fim da democracia pela manipulação de massa ampliada.
"Nas palavras da Cambridge Analytica, o Santo Graal da comunicação é obter a modificação comportamental dos usuários das redes sociais". (Liana Cirne Lins)
O mercado banqueiro aumentou sua aprovação (55%), enquanto a população enlouquece diante da brutalidade.
Alguém já falou que devem invadir a Amazônia, depois que nossos juízes foram estudar lá fora, e o petróleo foi espionado. Dentro, acordamos hoje em 1917. E vem mais deforma:
Vemos o avanço da agenda elitista e uma reação da sociedade civil para defender a vida: os indígenas, os jovens de periferia, a memória dos mortos, as instituições.
A esperança nunca morre.
http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5639-marieta-de-moraes-ferreira
https://veja.abril.com.br/economia/cidadania-e-educacao-sao-pastas-mais-afetadas-em-corte-de-r-14-bi/
https://www.sul21.com.br/areazero/2019/08/lenio-streck-juizos-morais-e-voz-das-ruas-nao-podem-valer-mais-que-direito-e-constituicao/
www.mpf.mp.br/.../005_17_crimes_da_ditadura_militar_digital_paginas_unicas.pdf
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=7&id_noticia=198475
https://horadopovo.org.br/augusto-heleno-defende-o-infame-ai-5/
https://www.senadorlasiermartins.com.br/senador/lasier/iniciativas-de-lasier-coincidem-com-pacote-anticrime-de-moro/
https://revistaforum.com.br/colunistas/lianacirnelins/como-fomos-vendidos-pelo-facebook/
https://www.youtube.com/watch?v=MTmFTKxCZUg&t=6s
Guerra de classes da supremacia branca pelo domínio dos territórios e superexploração do trabalho. Vamos ter 200 milhões de escravizados analfabetos e só produzir soja?
Com a farsa do combate à "imoralidade", todas as violências são possíveis.
Cortes e demolição:
"Em segundo lugar, vem o Ministério da Educação, com 348,5 milhões de reais bloqueados. Em terceiro, está o Ministério da Economia, com 282,6 milhões de reais retidos." (Veja)
O medo como política. A desigualdade como plano.
O medo é instalado e se torna reação instintiva, vota-se na arma.
Temos políticos que aumentam a desigualdade e favorecem apenas os bancos e altos negócios.
A insegurança gera mais desigualdade e violência.
Igrejas arrebanham pelo Whatsapp, libertando o Brasil da corrupção do "kit gay".
Para criar postura de enfrentamento, fechar o diálgo, impedir a reflexão, criaram o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), fundado 1961, na era Jango.
A classe média assustada e assustadora votou, a propaganda da lógica do medo não responde à lógica dos fatos, difícil.
E a direita afortunada é gramsciana, e a esquerda não.
Desde sempre temos vários focos de crise, entre eles, a elite da lei, a espada com a doutrinação imperial, a concentração da mídia.
Comenta o jurista Lenio Streck:
"Ministros, juízes, promotores, rábulas, advogados, estagiários, bacharéis dos mais variados (tem cerca de um milhão e meio no Brasil), todos eles vieram de um lugar comum: a faculdade. Qual é o problema? As faculdades vão mal. O ensino jurídico vai muito mal porque ele não ensina direito o Direito”.
Espelho, espelho meu, qual a diferença entre Merval e Heleno?
"O general Augusto Heleno, em sua entrevista à GloboNews, disse que Jair Bolsonaro livrou o Brasil de uma 'grande calamidade'... Essa desconfiança em relação ao PT se deve a fatos concretos." (Merval Pereira)
Ouço a campanha da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão - repetida sem parar nas rádios do RS - que diz "a cada segundo, a criminalidade aumenta".
Na entrevista na rádio da mesma Agert: "Segurança e privatizações serão os focos de Marcel Van Hattem, deputado federal mais votado do RS"? Ou ainda:
"Temos essa necessidade de aliar uma pauta extremamente liberal, no sentido de tirar do Estado as funções que não deveriam ser dele, mas também social, de garantir segurança publica para todos para que os direitos básicos sejam garantidos.
Seu partido, Novo, também defende a reforma da Previdência.
Por que essa campanha sobre criminalidade me parece muito ligada ao projeto político da direita? Van Hattem chamou sindicalistas de “burgueses” e “fascistas”.
Lasier Martins é outro caso de amor entre TV e movimento reacionário.
"Em 7 de outubro de 2013, anunciou seu desligamento do Grupo RBS para concorrer a uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2014". (Wikipédia)
"Um total de cinco projetos de autoria do senador Lasier Martins (Podemos/RS) em tramitação no Senado Federal vão ao encontro de pontos centrais do plano anticrime anunciado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro."
O pacote da bala, chamado de "banho de sangue".
Na década de 20 e 30, o exército foi um propulsor de mudança do status quo oligárquico Minas-São Paulo. As fraudes eleitorais de Primeira República fizeram os tenentes e Vargas desejarem "um projeto de domesticação das oligarquias". (Marieta de Moraes Ferreira)
Mas, depois disso, houve o "Brasil quintal ideológico" pós-Vietnã.
E agora se houve:
"Augusto Heleno, declarou que o Ato Institucional nº 5 (AI-5), baixado pela ditadura em 1968, foi necessário. O ex-presidente Juscelino Kubitschek foi preso ao sair do Teatro Municipal do Rio, na própria noite do AI-5."
Parece que hierarquia está acima de tudo, general manda em cadete, FIESP manda no operário. (E, pelo que estou entendendo, não há outra forma de "aumentar a competitividade" que uma escravidão nova). O efeito bolha de pensamento de uma sociedade desigual - que forma bolhas na universidade, na mídia, na classe média gerente - está multiplicada nesse ambiente de disciplina, tradição e formação permanente do corpo-unitário.
Já nas eleições se viu que o Clube Militar classificou o Poder Judiciário brasileiro como “corporativista e destoado da realidade brasileira”. Lenio Streck lembrou que no mesmo documento, o tal clube chama a elite empresarial e política de “medíocre”...
O Exército é parte da nação e defende seus interesses, tendo um papel fundamental na engenharia e organização de estratégias nacionais, mas é preciso rever as tradições que perderam seu tempo. Se a repressão gera todo tipo de abuso e vantagens econômicas corruptas, a paranoia anticomunista e o fim da propriedade privada já não ameaçam quando o próprio investimento público é o que está em pauta. Já não é possível pensar que o melhor vem sempre do projeto do 1%.
Flávio Tavares, em entrevista, lembra de sua libertação em 1969:
"A ultra direita militar, 60 paraquedistas, queriam invadir a base e nos sequestrar e fuzilar."
Criado para "vigiar o perigo autoritário", o SNI se tornou tirania preventiva.
"A Brigada Paraquedista sempre forneceu quadros para os órgãos da comunidade de informações." (MPF)
Estamos vendo o que o grupo repressor pode gerar em termos de instabilidade. Quem vai investir nesse caos de economia pelo Twitter?
E se o superior perdeu a razão? Formado há muito tempo.
"Na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), os cadetes continuaram a aprender nos currículos de formação as mesmas matérias do período da Guerra Fria, que moldaram a mentalidade dos militares... E por incrível que pareça, os currículos praticamente não mudaram, tanto assim que Médici já foi indicado como patrono de formandos da AMAN."
A cena do presidente assinando submisso algo com o presidente americano em pé atrás dele é constrangedora.
A menos que seja parte de uma tomada do território pela supremacia branca gringa.
"Nas palavras do ex-presidente Lula, a Alca representaria uma “anexação” das economias latino-americanas e caribenhas pelos Estados Unidos... O acordo de livre comércio pode ser, para nós, o coroamento deste movimento reacionário no plano econômico. O império está colhendo os louros do golpe..." (Jornalista Umberto Martins)
Ele assina: a injustiça é fabricada, legislada, escondida, e protegida pela espada.
Paranoia implantada. O fim da democracia pela manipulação de massa ampliada.
"Nas palavras da Cambridge Analytica, o Santo Graal da comunicação é obter a modificação comportamental dos usuários das redes sociais". (Liana Cirne Lins)
O mercado banqueiro aumentou sua aprovação (55%), enquanto a população enlouquece diante da brutalidade.
Alguém já falou que devem invadir a Amazônia, depois que nossos juízes foram estudar lá fora, e o petróleo foi espionado. Dentro, acordamos hoje em 1917. E vem mais deforma:
"Os rendimentos de lucros e dividendos são beneficiados pela isenção de impostos, favorecendo o topo da pirâmide. Não regulamentamos ainda o Imposto sobre Grandes Fortunas, previsto na Constituição desde 1988... Assim, o importante é desfazer o equívoco de que reformar a tributação significaria reduzir impostos. Não, de modo algum. O sistema de organização social e econômico previsto em nossa Constituição é um mínimo de garantia de vida digna para maioria de nossa população. (Paulo Kliass)
Vemos o avanço da agenda elitista e uma reação da sociedade civil para defender a vida: os indígenas, os jovens de periferia, a memória dos mortos, as instituições.
A esperança nunca morre.
http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/5639-marieta-de-moraes-ferreira
https://veja.abril.com.br/economia/cidadania-e-educacao-sao-pastas-mais-afetadas-em-corte-de-r-14-bi/
https://www.sul21.com.br/areazero/2019/08/lenio-streck-juizos-morais-e-voz-das-ruas-nao-podem-valer-mais-que-direito-e-constituicao/
www.mpf.mp.br/.../005_17_crimes_da_ditadura_militar_digital_paginas_unicas.pdf
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=7&id_noticia=198475
https://horadopovo.org.br/augusto-heleno-defende-o-infame-ai-5/
https://www.senadorlasiermartins.com.br/senador/lasier/iniciativas-de-lasier-coincidem-com-pacote-anticrime-de-moro/
https://revistaforum.com.br/colunistas/lianacirnelins/como-fomos-vendidos-pelo-facebook/
https://www.youtube.com/watch?v=MTmFTKxCZUg&t=6s
terça-feira, agosto 06, 2019
Pelas pequenas coisas
Quero voltar às pequenas coisas
Não beberemos nas fontes
mas beberemos café
Ouviremos antigas canções
Que possamos ter problemas com a chuva
Nosso problema seja a válvula
E lembremos nossos amigos
Que o medo não nos mate
Possamos caminhar sem pensar
no amigo na prisão
nas tempestades que passarão
nos chicotes, no eletrochoque
mas quando?
que possamos olhar para a praça
calmos, poéticos, mudos e desamparados
e cidade, e ódio e o bebê no colo da mãe
debater o orgânico e o psíquico
Quero voltar às coisas invisíveis
A limpeza da casa
A máscara do espetáculo
Ouviremos nossas canções
mas quando?
Afonso Jr. Ferreira de Lima
Não beberemos nas fontes
mas beberemos café
Ouviremos antigas canções
Que possamos ter problemas com a chuva
Nosso problema seja a válvula
E lembremos nossos amigos
Que o medo não nos mate
Possamos caminhar sem pensar
no amigo na prisão
nas tempestades que passarão
nos chicotes, no eletrochoque
mas quando?
que possamos olhar para a praça
calmos, poéticos, mudos e desamparados
e cidade, e ódio e o bebê no colo da mãe
debater o orgânico e o psíquico
Quero voltar às coisas invisíveis
A limpeza da casa
A máscara do espetáculo
Ouviremos nossas canções
mas quando?
Afonso Jr. Ferreira de Lima
domingo, agosto 04, 2019
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