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segunda-feira, outubro 13, 2025

Escola de Magia pra jovens Trans

A Escola de Magia pra jovens Trans tem uma longa história. Em 1760, na Escócia, o médico JB Backer, preocupado com as fogueiras que queimavam meninos afeminados, criou um sanatório onde internava todos aqueles que não eram vistos como interessados na reprodução. Um empresário colonial teve logo a ideia de exilar esses jovens no sul da América, e foi criada uma instituição que funcionava ao mesmo tempo como prisão e manicômio. A Lei da Reprodução, de 1830, criou uma taxa para os jovens que decidissem ficar. Mas o mundo oculto estava observando. O rigidez não fazia parte da natureza, muito menos do mundo mágico. 

Depois, as colônias criaram uma lei que punia todo o jovem que aparentasse "hibridismo sexual" - os homens pouco masculinos e as mulheres vistas como masculinas eram obrigados a viver no Castelo, ou podiam ser escravizados. Os demônios do mundo astral inspiravam a distopia com sonhos. 

No próprio Castelo, uma rígida divisão por sexo biológico era observada - os trabalhos também tentavam reforçar os caracterpisticas supostas de cada gênero: plantio e tecelagem. Os bruxos começaram a observar um jovem, Adam, que desde criança preferia as bonecas aos carrinhos de madeira e espadas. Quando cresceu, seus colegas o infernizavam por não vê-lo como masculino, apesar de que caçava e montava muito bem a cavalo. Os bruxos decidiram trazâ-lo para a Dimensão Oculta e treiná-lo. 

Assim começou a Escola de Magia pra jovens Trans, quando Roselinda assumiu sua identidade mágica e passou a cuidar do Castelo do Ar - fundado sobre um enorme rochedo próximo ao Rio dos Sonhos. Para lá foram transferidos os prisioneiros do Antigo Castelo. A primeira turma de formandos enfrentou os demônios no solstício de 1900.  

Afonso Lima