no meu tempo tão sem amor
a escrita inexistente
caminha pelas ruas
naquele mundo sem dúvida
os sebos e o deslizar da alma
toma o café a escrita inexistente
circula nas livrarias
abre um livro ao sol
detetive de biblioteca
o mesmo tempo que a fez inexistir
por ela clama e a sustenta
letra por letra
no desejo de descobrir-se
outro
Afonso Lima
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